Três ou mais caminhos para escolher

Três coisas conduzem a Deus: a música, o amor e a filosofia
Plotino

O jovem nazareno que não envelheceu, num encontro com o moço rico que questiona o que deveria fazer para alcançar o reino dos céus, diz: 1) cumprir os mandamentos; o rapaz respondeu que isto já fazia desde a mocidade. O que mais deveria fazer, quis saber, e então o Mestre diz: se queres a perfeição, 2) vai, vende tudo o que tem, dá aos pobres e 3) vem e me segue. Ouvindo isso o rapaz saiu triste e não concordou em fazer o desligamento material e emocional dos seus.
Jesus sabia que não é preciso muito para ser feliz, basta dar valor às coisas simples da vida e saber partilhar o que se tem com o próximo.
E com ele aprendemos que a alma é um espírito encarnado; e que no homem podemos considerar três coisas: 1) o espírito – ser pensante e imortal; 2) seu corpo espiritual – modelador biológico da matéria; e 3) o corpo físico, semelhante ao dos animais e animado pelo mesmo princípio vital, e que tem existência curta.
A literatura popular tem muitas dicas de três circunstâncias que podem nos favorecer ou nos comprometer dependendo de como agimos. Vejamos, então.
Três coisas que nunca voltam atrás: – O tempo (exemplo, a flecha lançada), a palavra pronunciada e a oportunidade perdida.
Três coisas que você não deve perder: – A paciência (paz), a dignidade e a esperança.
Três coisas que valem mais que qualquer outra: – O amor (amabilidade), os princípios (família e amigos) e a confiança.
Três são as coisas menos confiáveis no mundo: – O poder, a sorte e a prosperidade.
Três coisas definem uma pessoa honrada: – A honestidade, o trabalho e a sabedoria.
Três coisas destroem uma pessoa: – O remorso, o orgulho (não perdoar) e a raiva.
Três coisas que nunca podem ser dadas como certas: – A fortuna, o sucesso e os sonhos.
Três são as coisas difíceis de dizer: – Eu amo você, eu perdoo você e, por favor, me ajude.
Três coisas dão valor a uma pessoa: – A sinceridade, o esforço e a coerência.
Pensando em justiça, lembramos do filósofo Sócrates, que teve dificuldades com os juízes de sua cidade e época, e que dá três recomendações que devem ser seguidas por um magistrado (que administra justiça): ouvir atentamente, considerar sobriamente e decidir imparcialmente.
Outro sábio da Antiguidade, Buda, também tem uma sugestão de três coisas que não podem ser escondidas por muito tempo: – O sol, a lua e a verdade.
A vida muitas vezes no oferece diversas oportunidades. Mas, estamos sempre tão ocupados que não damos conta. E a existência é preciosa; portanto, devemos viver plenamente todos os seus momentos.