Encerando o mês de agosto, dedicado às vocações – Deus nos chama – entramos em setembro com a Leitura da Bíblia, que nos convida a alimentar mais e melhor da sua Palavra, com estudos, reuniões, grupos de reflexão e de oração.
A escolha do mês de setembro para dedicar-se à Bíblia, deve-se ao fato de no dia 30 de setembro, ser comemorado o dia de São Jerônimo, o qual traduziu a Bíblia dos originais do hebraico, grego e alguns trechos do aramaico para o latim.
Cada ano a Igreja nos propõe um Livro a ser estudado. Este ano a Igreja no propõe o estudo da Carta do Apóstolo Paulo aos Gálatas, povo da antiguidade, na região da atual Turquia.
A escolha é significativa, pois ninguém melhor que Paulo conseguiu se abrir para acolher os diferentes, fossem eles pagãos ou gentios e assim tornar o cristianismo uma experiência universal.
Paulo, numa das suas viagens missionárias (fez três viagens) visitou a região da Galácia onde estabeleceu comunidades cristãs.
Muito dedicado a esse rebanho, os gálatas, o fez com que enviasse aos fiéis, através de cartas, chamando-lhes a atenção para que se mantivesem firnes na fé, mesmo em meio a muitas divisões internas e à constante influência de costumes e tradições judaicas, como a circuncisão. Esses cristãos vindos do judaísmo e muito apegados à Lei judaica queriam introduzir os costumes e as tradições judaicas.
Mas Paulo havia feito experiência de Jesus Cristo. O filho de Deus, morreu por nós sem que o merecêssemos. Foi puro amor gratuito.
Paulo como cristão, que agora era (havia sido fariseu) investiu toda a sua vida para agradecer e retribuir o amor de Deus. Em poucas palavras é isso que Paulo defende na sua Carta aos Gálatas. A única resposta que podemos dar a Deus e a Jesus, que morreu por nós é a Fé.Todavia a fé não nos dispensa de um compromisso. A fé acontece no nosso interior, mas se manifesta nas obras, com diz o Apostolo Tiago em sua carta: “ A fé sem obras é morta”( (2, 14-16).
Não é com palavras e mais palavras vazias, que nós damos testemunho. È o amor praticado na sobras da vida. “ O amor é justificado pelas obras e não somente pela fé, sendo o Amor, o pleno cumprimento da Lei” (Romanos 13,8-14).
Quantos de nós pensamos ou pensávamos assim, “ Se eu cumprir todos os mandamentos da Lei, Deus se sentirá obrigado a me recompensar, a me dar muitas graças”.
Deus não age assim, Ele nos ama! Nossas boas ações jamais obrigariam Deus a coisa alguma e nunca nossos pecados o encheram de raiva. Deus nos ama! É o Amor gratuito. E assim somos nós com nossos erros e pecados, mas a graça de Desus é maior.
Caminhando, hoje, numa ralação fraterna entre judeus e cristãos, dialogando, podemos dizer: SOMOS TODOS IRMÃOS!
Poderíamos como exercício de compreensão e memória ler o texto dessa Carta em Gálatas.
Rosa M. Macluf Carravero