Práticas diárias que promovem o bem estar

Com o passar dos anos, aumentou-se a preocupação com a saúde física e psicológica. Porém, ainda temos muito no que melhorar.
Há um consenso sobre a importância de se ter uma boa alimentação, praticar exercícios, ser menos ansioso e não se sobrecarregar de atividades. Entretanto, existe um velho ditado que diz: “Na prática é outra coisa”.
Realmente, tudo isso que pregamos nem sempre se efetiva e o preço a ser pago, costuma ser alto, e neste momento, corpo e mente acabam sendo as maiores vítimas, diabetes, hipertensão, dores musculares, câimbras, estresse, sobrepeso e crises de ansiedade passam a fazer parte da nossa rotina e, em seguida, alguns medicamentos também.
Fazer uma dieta, preocupar-se com a alimentação, instaurar exercícios físicos e fazer terapia, para alguns, pode ser visto como um meio bastante severo de se viver, até porque tudo aquilo que foge do nosso ideal de prazer e bem estar, tende a ser visto como algo negativo, no entanto, faz-se necessário admitir que que não há uma dualidade corpo e mente, mas, que tanto o corpo quanto a mente precisam estar em perfeita harmonia para que o sujeito esteja bem, assim como a qualidade de vida está estritamente ligada ao nosso círculo relacional.
Ao elaborar o instrumento de avaliação da qualidade de vida (WHOQOL-100), a OMS (Organização Mundial da Saúde), definiu “qualidade de vida” como “a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Com esta definição, a OMS trouxe à tona a importância do contexto cultural para o bem-estar.
A correria do dia-a-dia, os padrões de beleza impostos pela mídia, a busca incessante pelo “ter” em detrimento do “ser” tem nos impedido de alimentar, com equilíbrio, essas diferentes dimensões, e de viver em harmonia com nosso próprio Eu e com as pessoas que nos cercam.
Estamos sempre preocupados com a imagem que os outros têm e nos esquecemos do que é primordial, a capacidade de reconhecimento das nossas potencialidades e limites, ou seja, quando se assume a responsabilidade por aquilo que somos ou que queremos ser, nos libertamos do julgamento e das expectativas do outro, passamos a reconstruir a nossa própria história, entendendo que a felicidade é construída a cada dia diante de tudo aquilo que nos faz bem.