Onde estamos e para onde vamos?

Estamos vivendo momentos muito difíceis que nos permitem refletir sobre o nosso lugar no mundo, na sociedade, na nossa comunidade, nas nossas relações de trabalho ou com amigos e familiares.
A principio, sabemos que vivemos num sistema democrático, cujo termo “Democracia” tem origem no grego demokratía que é composta por demos (que significa povo) e kratos (que significa poder). Neste sistema político, o poder é exercido pelo povo através do voto.
Pelo que se entende por democracia, as decisões deveriam ser tomadas pela lógica das Políticas Públicas, que por sua vez, devem estar a favor da construção de uma sociedade mais justa, na qual as pessoas possam minimamente, viver com dignidade, nas quais educação, saúde e bem estar possam estar garantidos.
Nos últimos tempos, tivemos algumas representações no cenário político nacional e mundial nos quais defenderam opiniões bastante opressoras, houveram muitos discursos que incitam ao ódio, que tendem a favorecer alguns e deixar a maior parte da população à margem da sociedade. É fácil perceber isto, vejamos, quantos negros ou estudantes de escola pública conseguem cursar uma Universidade Pública? Quantas mulheres se submetem a violência familiar, pois dependem economicamente do seu parceiro? Quantos transexuais conseguem emprego com carteira assinada? Quantos homossexuais já sofreram algum tipo de violência pela escolha sexual? Quantos mecanismos de inclusão temos desenvolvido para que os deficientes se sintam de fato incluídos?
De que democracia estamos falando? Esta democracia que tanto queremos está a favor de que? Ou de quem?
É preciso mais do que tudo, compreender as entrelinhas, tomar cuidado com as informações que são passadas, e, ter a certeza de que uma sociedade só se constrói a partir das diferenças. Caso contrário, não se trata de sociedade democrática.