MONSENHOR JULIANI E EX-GOVERNADOR MALUF

Que coisa linda e dignificante: o capivariano Monsenhor Luiz Gonzaga Juliani completou 65 anos de sacerdócio no mês de dezembro de 2017, comemorado com missa celebrada por Dom Fernando Mason, Bispo Diocesano de Piracicaba, além de grande número de padres e diáconos na Paróquia de São José, em Piracicaba.
No evento de grande significado, pela longevidade de serviços em prol da igreja católica e do próximo, além de parentes e amigos de Capivari que compareceram, houve outros reconhecimentos ao Monsenhor, como a doação de uma Bíblia especial, presente da comunidade piracicabana, e uma Placa de homenagem da Câmara Municipal de Piracicaba.
Aos noventa anos de idade, Monsenhor Luiz, com saúde física e mental, é padre emérito na Paróquia de São José, onde dedicou quase cinquenta anos de serviço à comunidade piracicabana, e continua participando ativamente, celebrando em substituição, fazendo batizados, visitando enfermos nas residências ou hospitais, dedicando-se em tempo integral ao bem.
Que honra nossa de ter um conterrâneo assim.
Para ele, não precisaríamos desejar mais nada, porque já vive com Jesus no desprendimento material e na vocação piedosa, no socorro ao semelhante, dentro de sua fé, e com Deus vivo em seu coração e mente – imaginamos que sua consciência seja habitação de paz, e seu sono e sonhos, refúgios reparadores.
Façamos agora um contraponto, para falar de um homem que, na sua velhice, está atrás das grades e com muitos problemas de saúde física e emocional.
Na prisão da Papuda, em Brasília, desde o final de dezembro, o outrora altivo e falante ex-governador de São Paulo se converteu num sujeito desanimado e taciturno. Maluf chora com frequência, principalmente quando fala sobre a família, e se queixa das condições da prisão. Reclama muito de comer a “xepa” – uma “quentinha” com arroz, feijão e um pedaço de carne. Já perdeu ao menos oito quilos.
Na sentença que determinou a prisão imediata de Maluf, o ministro Fachin decretou que pagasse uma multa de R$ 1,3 milhão. O político foi condenado por desviar dinheiro da obra da Avenida Água Espraiada, na década de 1990, quando era prefeito de São Paulo – o valor equivale hoje a R$ 567 milhões. Demorou muito tempo, mais de vinte anos, para ser alcançado pela justiça, e pouco valor será restituído ao Estado.
Além dos problemas com a justiça, o político milionário e mais longevo do país (86 anos) tem câncer de próstata, está cego do olho direito e tem hérnia de disco. Toda semana Maluf recebe atendimento médico e injeções de analgésico na região dos quadris, para atenuar as dores. Usa fraldas geriátricas e às vezes solicita uma cadeira de rodas.
Final triste e melancólico de alguém em quem a população acreditou, mas que, segundo a Folha Digital, “Maluf levou o estilo ‘rouba, mas faz’ a uma nova escala” (http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/12). Como será o seu sono e os seus sonhos, se dorme à noite?
Este precisa de nossas orações.