Lavagem de dinheiro

De onde surgiu a expressão “lavar dinheiro”?
Surgiu nos Estados Unidos – o nosso irmão mais rico e explorador – para designar um tipo de falsificação de dólares que incluía colocar as notas na máquina de lavar para que adquirissem aparência de gastas.
Daquela época para agora, a “lavanderia” sofisticou seus métodos. O moderno sistema financeiro mundial permite que os recursos viajem entre contas bancárias de diferentes países em questão de segundos e, assim, o dinheiro sujo acaba incorporado à economia formal.
Lavagem de dinheiro é um procedimento para disfarçar a origem de recursos ilegais. Quando alguém ganha dinheiro de forma ilícita – por exemplo, com crimes como tráfico de drogas, contrabando, sequestro e corrupção –, não pode simplesmente sair torrando a grana. Tem de armar estratégias para justificar a fonte e, assim, evitar suspeitas da polícia ou da Receita Federal.
O ministério Público Federal (MPF) denunciou o ex-governador Sérgio Cabral, seu ex-assessor Ary Filho e Carlos Miranda, um de seus operadores financeiros, por mais 148 crimes de lavagem de dinheiro (em denúncia anterior, o ex-governador tinha sido acusado de 184 crimes). Se a denúncia for aceita, Cabral responderá por 332 crimes apenas de lavagem de dinheiro.
“Meu Deus! Como uma pessoa se envolve em tão pouco tempo em tantos crimes?”
“É, Arnaldo, ele fez escola na ‘politicagem’, sim”.
Era jornalista de formação, o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, preso numa quinta-feira, 17 de novembro de 2016. Ganhou destaque na política na década de 1990, quando foi campeão de votos ao se eleger deputado estadual.
Com três mandatos como deputado, acabou se elegendo senador em 2002 e depois comandou o governo do Estado do Rio por duas vezes.
Alvo da Operação Calicute, Cabral foi preso pela Polícia Federal sob a suspeita de receber milhões em propina para fechar contratos públicos. Fiel até no crime, a mulher, que é advogada, também está envolvida.
Cinco por cento para o governador e um por cento para a secretaria de obras (“taxa de oxigênio”, acredite…).
E será que aquele que era vice, Pezão, e agora está no comando do governo, não sabia?
São mais de 220 milhões desviados, já apurados, com duas empresas envolvidas nas três principais obras fraudadas: Reforma do Maracanã, PAC das favelas e Arco Metropolitano.
Vendo a situação do governador Cabral no presídio Bangu, ficamos imaginando a decepção do camarada. A humilhação de sua pessoa, de sua família, de seus amigos. Deve estar pensando na ilusão dessa sua existência.
Quanto falta em nossas famílias, em nossas escolas/universidades e na política, a ética, a mentalidade de praticar o bem ao próximo, o desprendimento material de servir por servir, e não de se servir do poder…
Que será reservado a ele no futuro? Só Deus sabe!
A Lei Divina não é de agora, é eterna e disciplinadora. Quem viver verá.