Juventude de Cristo

“Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.
Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se “lascam” na faculdade”.
São João Paulo II

Quanta tristeza sinto quando escuto a afirmação de que a juventude está perdida, perdida muitas vezes está a fé daqueles que afirmam isso, perdida está a oportunidade de acreditar que o jovem pode ser melhor, pois já dizia São João Paulo II, precisamos encontrar na juventude, Santos, que sejam exemplos de busca incansável pelo Senhor, e que muitas vezes não estarão com vestes sacerdotais, mas sim vestidos de maneira simples e humilde, como por exemplo, camiseta, calça jeans e tênis. Isso significa, que dentro da sociedade que vivemos temos a chance de conviver com pessoas que vivem a santidade e que buscam a Deus verdadeiramente, isso não é arcaico, isso pode e deve ser realidade atual e futura.
Os jovens muitas vezes são impulsionados a ser maus exemplos, pois uma vez que se determina que a juventude está perdida, que o jovem é um problema, e não se apresenta um caminho melhor a ser seguido, a tendência é realmente encontrar um jovem num caminho ruim, não por escolha, mas por imposição. Devemos então, demonstrar ao jovem que existe caminhos bons e esses devem ser seguidos, tudo isso se inicia dentro do próprio lar, através do exemplo dos pais e responsáveis, é muito claro, se você plantar uma semente na terra e não cuidar, você abrirá a oportunidade dessa semente nem chegar a gerar frutos, ou até mesmo ser gerada da maneira que a natureza e o que estiver em volta alimentá-la, sem saber o que virá amanhã, qual será o fruto ou espinhos que surgiram, mas, uma vez que se planta, se cuida, se poda quando necessário, a chance de colher bons frutos e gerar ainda mais frutos futuros é enorme, e mesmo que surjam espinhos, o principal destaque será sempre a beleza de seus frutos e flores.
Dessa maneira, o que necessitamos é olhar para nossos jovens como o fruto futuro, que devemos cuidar, zelar, podar quando necessário, mas que não sejam podas drásticas, que causam destruição, mas sim, sempre buscar oferecer os conselhos construtivos, a palavra de incentivo, a abertura de portas que levam para frente e que motiva o jovem a querer ser alguém melhor.
Toda essa reflexão vale para nossa Igreja, pois se não haver caminhos para a juventude percorrer dentro da vida cristã, eles buscarão alternativas, para isso como comunidade devemos incentivar a participação dos jovens nos trabalhos paroquiais, devemos inserir o jovem nas Missas e abrir espaços para projetos jovens, seja musicais, teatrais, palestras, formações, catequese, grupos de oração, enfim, deixar o jovem ser jovem, mas ensiná-lo que é possível ser um jovem de Cristo, unindo seus gostos com as vontades de Deus.
Enquanto houver nem que seja apenas um jovem dentro da Igreja, temos a certeza de que juventude não estará perdida, mas se chegarmos a presenciar a falta da juventude, temos por missão cativar novamente esses filhos de Deus, pois a vida e missão do jovem na Igreja reflete no homem e mulher do amanhã, reflete na sociedade que viveremos, reflete nos valores da família, reflete nos exemplos a serem seguidos. Por isso, quando se deparar com um jovem dentro da Igreja, seja canal da graça na vida deste, para que ali permaneça, e quando encontrar um jovem longe da Casa de Deus, seja canal da graça na vida dele, para que ele reconheça assim como o filho pródigo, que o verdadeiro lugar, a verdadeira felicidade é a lado do Pai.

Guilherme Rego