ESCRAVIDÃO E A LIBERTAÇÃO CRISTÃ

No tempo em que Jesus viveu, a escravidão era legalizada tanto para os romanos sobre outros povos, como para os judeus, os gregos, os egípcios, etc.
O mundo romano estava cheio de pessoas oprimidas, muitas das quais tinham sido levadas, desde a sua infância, a um país estrangeiro para servir como escravas, o que era aceito com naturalidade pelos primeiros cristãos.
Devemos considerar que, apesar disso, historicamente falando, a ideologia do Cristo é uma das únicas a efetivamente combater a escravidão. Custou muito tempo, mas chegou.
Nos Estados Unidos, a escravidão causou a Guerra Civil (1861-1865).
No Brasil, os escravos foram libertos pela princesa Isabel no dia 13 de maio de 1888.
Hoje em dia não aceitamos a escravidão, mas várias nações continuam essa prática de muitas maneiras, como na imposição de costumes e tradições, na educação, na vida social e cultural, e principalmente no trabalho e na família.
O apóstolo judeu/romano Paulo destaca que a condição de escravo é sem importância diante da libertação espiritual trazida por Cristo.
Ele, Paulo, escreveu assim sobre a escravidão, conforme sua carta aos Efésios 6:5-9: “Escravos, obedeçam com medo e respeito àqueles que são seus donos aqui na Terra.
E façam isso com sinceridade, como se estivessem servindo a Cristo.
Não obedeçam aos seus donos só quando eles estiverem vendo vocês, somente para conseguir a aprovação deles.
Mas, como escravos de Cristo, façam de todo o coração o que Deus quer. Trabalhem com prazer, como se vocês estivessem trabalhando para o Senhor e não para pessoas.
Lembrem que cada pessoa, seja escrava ou livre, será recompensada pelo Senhor de acordo com o que fizer.
Donos de escravos, tratem seus escravos também com respeito e parem de ameaçá-los com castigos.
Lembrem que vocês e os seus escravos pertencem ao mesmo Senhor, que está no céu, o qual trata a todos igualmente”.
Vivemos novos tempos e é difícil entender isso, pois nossa cultura é diferente, os avanços sociais e políticos derrubaram em grande parte as opressões socioculturais.
Na África do Sul, o líder Nelson Mandela (1918-2013) representou um movimento pela libertação do preconceito e da raiva, e pelo desenvolvimento do amor: “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar.
A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta”.
A escravidão atual, em nossas modernas democracias de consumo, se refere mais aos costumes que cultivamos, e a cada dia surgem novos senhores dos homens, as chamadas dependências.
A escravidão do álcool e das drogas, das compras, do sexo, do trabalho, das paixões e dos bens materiais, impedindo as pessoas de desenvolver suas potencialidades espirituais.
Diz a pedagoga e escritora Heloísa Pires: “Alguns são escravos do extrato bancário, outros ainda, escravos do corpo, esquecendo-se da finalidade primeira desse instrumento: ajudar o espírito a realizar os seus sonhos de liberdade, projetando-nos às dimensões espirituais mais elevadas.
Somos luzes, criaturas divinas e precisamos do alimento precioso proporcionado por outras luzes: os ensinamentos de Jesus”.