Em defesa de Viracopos

Eleito diversas vezes o melhor terminal aéreo do país e com a projeção de se tornar o maior aeroporto da América Latina, o Aeroporto Internacional de Viracopos vive tempos de incerteza com relação a devolução da concessão anunciada recentemente, notícia que assombra a Região Metropolitana de Campinas, o Estado de São Paulo e o Brasil.
Situado em um dos polos tecnológicos e de desenvolvimento econômico mais importantes do cenário nacional, cortado pelas melhores rodovias, Viracopos é símbolo de crescimento conduzindo literalmente essa engrenagem através do escoamento da produção da indústria como o segundo maior aeroporto de transportes de cargas brasileiro.
Como deputado federal e representante da RMC, acompanhei de perto o processo de expansão do aeroporto e sua privatização. Era claro que a concessão seria o melhor caminho para que o espaço fosse gerido com mais responsabilidade e competência. Com o processo dirigido no governo da ex-presidente Dilma Roussef, Viracopos marca uma etapa nada promissora, se tornando o primeiro caso de devolução de um terminal privatizado.
Acionistas pretendem devolver a concessão de 30 anos enviando ao Conselho do Programa de Parcerias de Investimento (CPPI).
Dada a alarmante circunstância, como membro da Comissão de Viação e Transportes da Câmara Federal, apresentei um requerimento que já foi aprovado solicitando a presença de todos os segmentos envolvidos no processo como o ministro dos Transportes, o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República, as concessionárias de transportes de passageiros e cargas, a Infraero, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Prefeito de Campinas e o economista da Unicamp Pedro Paulo Zahluth Bastos. A data deve ser definida em breve pela Comissão.
Há urgência para que sejam detalhadas as consequências desta devolução, principalmente no que diz respeito a uma possível nova relicitação.
Muitos investimentos na RMC são motivados pela concessão, que tem Viracopos como eixo principal de logística, e não podemos admitir danos maiores para nossa região.