“Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um Filho” ( Isaías, 7,14 ou Mt 1,23)

Este 4º domingo do Advento, já às portas do Natal, é todo dedicado à Maria que nos veio acompanhando em silêncio, preparando para o nascimento do seu filho, Jesus.
Não podemos celebrar o Natal, o nascimento sem antes conversar com a Mãe do menino que irá nascer.
“Eis que uma virgem, conceberá e dará á luz um filho e lhe porá o nome de “Emanuel” que significa” Deus Conosco”.
“E… tudo isso aconteceu”.
Mas, o que foi que aconteceu?
José, o justo, andava preocupado com a gravidez de Maria, pois a sua gravidez era obra de Deus. José, homem como outro homem!!!!!! A sua obediência, o seu silêncio falam mais alto. José aceitou esta alta e sublime missão, estranha e desconcertante. Só assim o mundo pôde ouvir a voz de Deus no choro de um recém-nascido. Não precisamos de explicações para entender os caminhos de Deus. Precisamos sim, contemplar, admirar, rezar e agradecer.
E, como não falar bem de Maria e saudá-la como o anjo: “Ave, cheia de graça” “Alegra-te, Maria” “Bendita és tu entre as mulheres!”
Não é possível aceitar Jesus e não aceitar, sua mãe Maria.
Só Ele é o Salvador e único mediador. Não devemos colocar Maria no lugar de Deus!
Nós a colocamos onde Deus a pôs! E é neste espírito, que meditamos nesse grande acontecimento, e no contraste, entre a festa que se prepara, barulho, comidas e bebidas em excesso e a miséria de nossos irmãos, outros cristos, que morrem pela miséria, ou outros “Aylans” mortos por afogamento nas águas do mar ou ignorar a situação de milhares de famílias de imigrantes e refugiados.
Elas buscam condições de garantia de vida digna, o que Jesus veio trazer para todos: vida e vida plena em abundância.
Neste Natal, rezemos pelas tantas situações que ferem o espírito de Natal: violência, guerras, massacres, a fome que mata crianças, o crime organizado, a corrupção na política. E, por outro lado, vemos pessoas solidárias como o exemplo da seleção Colombiana, que num gesto de carinho e solidariedade, ofereceu o título de campeão à seleção Chapecoense como campeã Sul-Americana. Quanta solidariedade, no meio de tanta tristeza!
Isto é Natal! Partilhar, momentos alegres e tristes, deixando de lado um valioso prêmio.
Como disse madre Teresa de Calcutá: É Natal cada vez que sorrimos ao irmão e lhe estendemos as mãos!
Preparados, enfim, nos alegremos com a proximidade do Natal: festa das luzes, festa da paz em que sentimos uma presença especial na fragilidade e ternura de uma criança encantadora.Desejamos assim, a todos e em especial ao jornal Correio de Capivari e à todos os seus funcionários, um Santo e Abençoado Natal cheio de paz e que se estenda por todo o Ano de 2017.


Rosa M. Macluf Carravero