Décima Primeira Semana do Tempo Comum Solenidade do Sagrado Coração de Jesus

No dia 11 de junho deste ano a liturgia da Igreja celebrou a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus.
O Sagrado Coração de Jesus transpassado pelos nossos pecados e para nossa salvação, é considerado sinal e símbolo por excelência daquele amor com que o Divino Redentor ama sem cessar o eterno Pai e todos os homens.
Vemos a devoção ao Sagrado Coração de Jesus com São João Evangelista ao pé da cruz, quando um soldado romano com uma lança atravessou o lado de Jesus: “e de seu coração aberto jorrou sangue e água” – nisso Jesus revelou seu amor e doação por nós.
O mistério do coração abre-se através da feridas do corpo, abre-se o grande mistério da piedade e misericórdia do nosso Deus.
Este mistério de amor do Sagrado Coração de Jesus, foi propagado sua devoção através de Santa Margarida Maria Alacoque, onde teve uma revelação de Jesus: “Meu coração Divino está inflamado de amor pelos homens e por ti. Preciso difundir as chamas do meu coração para enriquecer a todos com os preciosos tesouros do meu coração”.
Dentro da liturgia da Igreja a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus é celebrada na segunda sexta-feira após a solenidade de Corpus Christi, e também é cultivada ao longo de todas as primeiras sextas-feiras de cada mês. A Igreja considera ser o amor e a compaixão sofridos do coração de Jesus em relação à humanidade.
A devoção ao sagrado coração se desenvolveu a partir da devoção às feridas sagradas, em particular à ferida sagrada no lado de Jesus. As primeiras indicações são encontradas nos séculos XI e XII, nos mosteiros beneditinos. São Bernardo disse que a penetração do lado de Jesus revelou sua bondade e a caridade de seu coração por nós.
A fonte mais significativa para a devoção ao Sagrado Coração, na forma que é conhecida hoje, foi a freira Santa Margarida Maria Alacoque, que alegou ter recebido aparições de Jesus, em uma aldeia francesa, sendo a primeira em 27 de dezembro de 1673, festa de São João Evangelista e a final 18 meses depois, revelando a forma de devoção, sendo a principal a participação na eucaristia na primeira sexta-feira de cada mês, a adoração eucarística durante uma “hora santa” às quintas-feiras e a celebração da Festa do Sagrado Coração. Dizia que em sua visão era instruída a passar uma hora toda quinta-feira à noite para meditar na agonia de Jesus no jardim das Oliveiras.
Durante a oitava de Corpus Christi em 1675, ocorreu a visão conhecida como a “grande aparição”, onde Jesus disse: “Eis o coração que amou os homens…em vez de gratidão, recebo da maior parte da humanidade apenas ingratidão”, e pediu a freira um banquete de reparação na sexta-feira após a oitava de Corpus Christi.
Em uma das aparições a Santa Margarida Jesus nos deixou 12 promessas às pessoas que participassem das comunhões reparadoras das primeiras sextas-feiras, sendo a última promessa a mais importante – chamada a grande promessa.
Mais tarde a Beata Maria do Divino Coração, pediu ao Papa Leão XIII que consagrasse o mundo todo ao Sagrado Coração de Jesus. Tal fato veio a ocorrer em 11 de Junho de 1899.

As 12 Promessas do Sagrado Coração de Jesus
1- Dar-lhes-eis todas as graças necessárias ao seu estado de vida
2- Estabelecerei a paz nas suas famílias.
3- Abençoarei os lares onde for exposta e honrada a imagem do Meu Sagrado Coração.
4- Hei-de consolá-los em todas as dificuldades.
5- Serei o seu refúgio durante a vida e em especial na hora da morte.
6- Derramarei bênçãos abundantes sobre todos os seus empreendimentos.
7- Os pecadores encontrarão no meu Sagrado Coração uma fonte e um oceano sem fim de Misericórdia.
8- As almas tíbias (almas frias) tornar-se-ão fervorosas.
9- As almas fervorosas ascenderão rapidamente ao um estado de grande perfeição.
10- Darei aos sacerdotes o poder de tocarem os corações mais empedernidos.
11- Aqueles que propagarem esta devoção terão os seus nomes escritos no Meu Sagrado coração e d’Ele nunca serão apagados.
12- Prometo-vos, no excesso de misericórdia do meu coração, que o meu amor Todo Poderoso concederá, a todos aqueles que comungarem na primeira sexta-feira de nove meses seguidos, a graça da penitência final; não morrerão no meu desagrado nem sem receberem os sacramentos: o meu divino coração será o seu refúgio de salvação nesse derradeiro momento.