Chico Xavier e os pensamentos que nos curam

Quanto menos simpatia, mais obstáculos. Quanto mais te consagres ao próprio dever, mais respeito e mais nobreza te coroarão.
Emmanuel (Chico Xavier) – Perdão e vida – CEU

O escritor e biógrafo de Chico Xavier, ex-delegado de polícia e prefeito, Rafael A. Ranieri, em uma de suas obras (1) registra o que disse um amigo (Antenor) que conviveu com o médium, sobre sua faculdade sensitiva e da lição “é dando que se recebe”, dando atenção e recebendo fluxos de energia positiva.
Essa história foi contada de forma semelhante em outro livro e em muitas palestras e replicada de formas diferentes, mas, em todas, demonstrando que fazer o bem é muito bom para quem recebe e também para quem faz. Diz o autor que Chico certa ocasião ia no carroção que conduzia os empregados da Fazenda Modelo, de Pedro Leopoldo, e sofria terrivelmente com uma dor na região do fígado. Nisto uma senhora pobre, de idade, o abordou na estrada pedindo auxílio.
Ninguém queria parar o carroção para atender a velha, mas Chico fez questão de atendê-la, dando-lhe orientação ali mesmo, dos espíritos, parece que até uma receita… Depois de atendida, a velha senhora olhou com amor ao médium, e disse: “Deus lhe pague”! Aquele “Deus lhe pague” foi dito com tanta sinceridade e amor que uma bola de luz azul lhe saiu da boca, flutuou no ar e foi pousar serenamente no fígado do Chico.
Este, instantaneamente, sentiu-se aliviado, e consta que não mais teve nada naquele órgão. Chico, em muitos anos de prática da mediunidade de escrita, recebeu muitas orientações e entendeu que, antes de ser conselho para as pessoas, a orientação dos espíritos era para sua própria vivência, em seu dia a dia.
O médico espiritual, André Luiz, afirmava pelo lápis mediúnico ao sensitivo, que o recebia com alegria: “Estime a solidariedade. Você não poderá viver sem os outros, embora na maioria dos casos os outros possam viver sem você”.
E concluímos com esse ensinamento do filósofo Aristóteles: “Quanto à virtude, não basta conhecê-la, devemos tentar também possuí-la e colocá-la em prática”.
Da mesma forma ensina o apóstolo Paulo: “Ainda que eu tenha o dom de profetizar e reconheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei” (1 Coríntios 13: 2).
1) R. A. Ranieri, Recordações de Chico Xavier, Editora Fraternidade.