CASAMENTOS DE AMOR E AMOR VERDADEIRO

O que é duradouro não é o que resiste ao tempo,
mas o que sabiamente muda com ele.
Peter Muller

Estamos matriculados nesta escola que chamamos Terra, e muitos se iludem achando que existe apenas essa e que também temos apenas uma existência.
Já o escritor paulista Monteiro Lobato afirmava que seria absurdo acreditar que somente na Terra existe vida humana, como se Deus fosse capaz de criar algo de inútil, como um imenso desperdício de espaço no Universo infinito, caso só existisse vida na Terra.
Na literatura espírita dois espíritos se destacaram pela sua contribuição literária no campo das ciências e da espiritualidade.
Um deles foi o padre Manoel da Nóbrega, que viveu aqui em São Paulo, e que afirmou que a única vez que vestiu saia foi como sacerdote. E conta suas experiências em diversas reencarnações como homem; numa dessas, na condição de senador romano, viveu na Galileia à época de Jesus Cristo – foi Públio Lêntulo (em latim: Publius Lentulus), casado e posteriormente separado do seu grande amor Lívia. (1)
Emmanuel e Manoel da Nóbrega são a mesma pessoa ou espírito, que agora escolheu um pseudônimo para não causar transtornos aos seus antigos amigos da fé, e que afirma: “… os casamentos de amor jamais adoecem”. (2)
Apontou também que as almas que se afinizam, formando pares, se encontrarão no Além e em novas encarnações, enquanto vão se depurando espiritualmente. Quando juntas, têm a sensação de segurança, conforto e fidelidade. Sentem que não foi encontro, mas reencontro o que ocorreu com elas. Sabem que sempre terão alguém que vibra por elas e vivem no mesmo anseio do bem e da fraternidade. Podem desfrutar da companhia mútua para compartilhar os seus sonhos, temas e segredos; são pessoas em quem se pode confiar para sempre.
O outro espírito foi médico e cientista que viveu no Rio de Janeiro, tendo sido materialista e consumidor de bebida e de cigarro, além de ter dado algumas escapadinhas do casamento (além do problema de estômago, também sofreu com a sífilis).
Na vida espiritual escreveu diversos livros, entre eles, Libertação, onde afirma: “Fora do amor verdadeiro, toda união é temporária”. (3)
Entendemos, como disse acima Emmanuel, que existe o amor verdadeiro. E André Luiz aponta que, enquanto ele não é assim, as uniões de corpos são temporárias, porque os espíritos ainda não se afinizaram no amor mais sublime e nobre. Precisamos aprender primeiro a cativar a alma, para depois amar o corpo.
Como será que tem sido o nosso amor? Verdadeiro ou temporário? Amamos ou apenas gostamos? Um sábio ensinou sobre a diferença entre gostar e amar. Quando gostamos, vamos lá, cortamos a flor para colocar num vaso; quando amamos, vamos lá e regamos e adubamos a flor.


(1) Emmanuel (Chico Xavier) em Há dois mil anos (FEB).
(2) Emmanuel (Chico Xavier) em Caminhos de volta (GEEM).
(3) André Luiz (Chico Xavier) em Libertação (FEB).