A SINA NA FAMÍLIA VARGAS

O neto que tinha mesmo nome do avô, Getúlio Vargas, se suicida no Rio Grande do Sul, neste mês de julho.
Três gerações da família Vargas foram abaladas pelo suicídio.
Assim como o seu avô, o presidente Getúlio Vargas (1882-1954), e o seu pai, Manuel Antônio Vargas (1916-1997), o advogado e administrador Getúlio Dornelles Vargas Neto (1956-2017) tirou a própria vida, aos 61 anos.
Noventa por cento dos suicídios são preveníveis, sendo que em cada dez casos, nove estão associados a psicopatologias diagnosticáveis e tratáveis.
Segundo os espíritos, a falta de fé e crença numa vida posterior é que leva à quase totalidade das mortes por suicídio.
Setembro Amarelo é uma campanha de prevenção ao suicídio, com o objetivo de alertar a população sobre a calamidade que é o suicídio no Brasil e no mundo, e também para divulgar as formas de apoio e tratamento das doenças mais comuns que levam ao suicídio.
A vida é construída de muitas peças, e cada uma vai aperfeiçoando o mosaico do nosso crescimento como seres espirituais.
Muitas vezes queremos vencer o mundo, ter sucesso, ter poder, ter fama, ter juventude, e só muito mais tarde nos conscientizamos de que nada disso constitui a verdadeira felicidade.
Precisamos aprender a ser médicos e heróis de nós mesmos, a vencermos a nós mesmos, naquilo que existe de ultrapassado e acumulado, de preconceito e materialismo, de ignorância e soberba.
O mistério sobre a sina dos Vargas pode ser explicado pela medicina.
Os especialistas afirmam que suicídio em família segue ou desencadeia um padrão repetitivo: “As causas podem ser biológicas e genéticas”.
O doutor Francisco Cajazeiras, autor de Depressão – Doença da alma, aponta, entre outras causas, transtornos mentais, hereditariedade e obsessão (influência espiritual).
Segundo o psiquiatra Tung (USP-SP), o quadro de depressão provoca um desejo de se livrar do sofrimento e da falta de perspectiva por meio da autodestruição.
“Estudos mostram padrões dos suicidas como o de deixar um bilhete, que é um clichê e um modo de se colocar como vítima”.
Rita Foelker (Palavras simples, verdades profundas, pela Editora EME) enumera em sua obra cinco lembretes antissuicídio:
1. Morte é vida.
2. A vida não se acaba com a morte. A morte significa somente uma passagem para outra vida: a espiritual.
3. Os problemas não se acabam com a morte. Eles são provas ou expiações que nos possibilitam a evolução espiritual, quando os enfrentamos com coragem e serenidade. Quem se suicida está somente adiando a solução de seus problemas.
4. O sofrimento não se acaba com a morte. O suicídio só faz aumentar o sofrimento. Os espíritos de suicidas descrevem as dores terríveis que tiveram de sofrer ao adentrar o Mundo Espiritual, devido ao rompimento abrupto dos laços entre o espírito e o corpo. Além disso, há o remorso por ter transgredido gravemente a lei de Deus, perante a qual suicidar-se equivale a cometer um assassinato.
5. Culpa e remorso. A morte não apaga nossas faltas (culpas). A responsabilidade pelas faltas cometidas é inevitável e intransferível. Elas permanecem em nossa consciência até que as reparemos.
E finaliza a escritora: “A doutrina espírita propicia esperança e consolação quando oferece a certeza da continuidade infinita da vida, que é tanto mais feliz quanto melhor suportarmos as provas do presente”.