Vocações religiosas

Caríssimo(a) leitor(a) deste Jornal que circula nas mãos da população da cidade amada e região.
Um abraço a cada um(a):
O tempo passa rapidamente. O contexto da sociedade em que estamos vivendo urge pessoas de energia positiva, de pessoas amorosas, inteligentes e sábias, esperançosas. Pessoas. Eu e você somos pessoa! Como você avalia as pessoas que vivem contigo? Como você se avalia?
Hoje mais que nunca precisamos tomarmo-nos nas mãos e manter em equilíbrio. Equilíbrio emocional para manter o cuidado conosco mesmos e com as pessoas que necessitam do cuidado.
O verbo cuidar está em evidência; precisa ser conjugado no presente singular e plural. Um (a)precisa do outro(a) neste momento em que estamos ainda fazendo a travessia da Covid19. Aprendendo sempre que o outro tem seu valor fundamental.
Urge fazer uma leitura sapiencial de nossa existência; um olhar de coração para coração, ou seja, como estamos cuidando das pessoas: crianças, jovens e idosas. Hoje está difícil de frear o vírus da indiferença; vemos as pessoas idosas serem tratadas como descartáveis. Elas deveriam ser consideradas um poço de sabedoria. A questão é a desigualdade que fere e exclui.
No continente africano quando morre uma pessoa anciã, as pessoas dizem que perdeu-se uma biblioteca. Ou ainda um Baobá, uma grande árvore que se vai.
Então, atrás de cada pessoa idosa existe uma biblioteca contendo seus projetos, sonhos, angústias e dores. É impossível ver um rosto desfigurado, enrugado, um corpo encurvado, sofrido e menosprezá-lo.
Como você sente o tratamento com os idosos de nossa cidade? De sua família, de nosso país? Como você cuida de cada um deles(as)? A etapa geriátrica requer muitos cuidados. E ninguém pode ser descartado(a). Cada um deles merecem sentir-se bem protegidos pelas políticas públicas ,com vitalidade, reconhecidos pois a vida precedente os fez contribuir com a sociedade vigente.
Assim acontece na vida religiosa. Religiosos e religiosas são pessoas, ser humano que ofereceram tudo de si para ajudar as famílias nas respectivas paróquias onde estavam inseridos (as).
Uns(as) trabalhando em asilos, hospitais, orfanatos, educação, outros diretamente com as diversas pastorais.
São pessoas que mesmo em idade avançada dão tudo de si, há um brilho no olhar que reluz alegria e muita esperança; são chamados a ressignificar a vida consagrada pois encontram sentido em tudo que vivenciam e acompanham os sinais dos tempos com suas angustias e esperanças e fazem deles(as) as mesmas inquietudes e sonhos.
Celebram com os jovens, crianças e idosos estes tormentos e desafios da realidade atual.
Eles alargam seus corações e tentam no dia a dia viver alimentados pela Palavra de Deus contida na Bíblia e sua história e da Eucaristia.
O desafio permanente é sempre abertura em ressignificar a vida consagrada colocando Cristo no centro da história.
“Permanecei no meu amor, João 15,9”. Há um apelo ecoando na Igreja: Novo sentido em caminho sinodal: dialogar e cultivar a esperança, profetizar ecologia integral.
O coração divino diz: Permanecei em meu amor, centralidade em Jesus Cristo na alegria e na dor.
Fincar raízes nesse coração que chama é ser Igreja servidora missionária, fazer brotar fraternidade na história e nossa vida consagrada solidária.
Trindade Santa, ensinai-nos a dar passos sendo fiéis, com ousadia e profetismo, dai-nos coragem nestes tempos tão difíceis, pregando o Reino, combatendo o comodismo.
Ó Santo espírito, das coisas sempre novas, tocai o nosso coração pra o vinho novo: discipulado em missão, caminhar juntos, sororidade universal com nosso povo!
Convido você a neste final de semana agradecer as pessoas consagradas que você co nhece ou conheceu um dia, sejam eles padres religiosos de alguma congregação ou irmãs, identificadas como freiras.
Poderá enviar uma mensagem, poderá rezar, o que importa é mencionar seus nomes, fazer memória, pois neste domingo nosso olhar volta-se para as religiosas e os religiosos.
Em nosso cemitério na rua principal existe uma sepultura de uma irmã denominada Irmã Valéria, seu nome de batismo Ida Zilli, nasceu em Udine – Itália 09 de julho 1910.
Faleceu nesta cidade 17 de setembro 1945.
Veja, uma missionária que deixou sua terra e veio ao encontro dos necessitados em nossa Cidade. Quantas pessoas ela ajudou neste período? Faleceu com 35 anos de idade?
O que levou a falecer tão cedo?
Havia qual doença na cidade que ela cuidando dos enfermos foi atingida?
Questões que faço para que possamos ser reconhecidos desta mulher estrangeira que passou entre nós fazendo o bem. Uma missionária valente guerreira.
Ainda, na capela do mesmo cemitério está sepultado nosso saudoso Padre Eusébio.
Quantos anos conviveu com nossa comunidade paroquial.
Um religioso da Congregação dos Sagrados Corações, deixou a Holanda e veio para servir nosso povo. Quantas bençãos derramadas sobre nós!
Dois exemplos para serem reconhecidos(as) pois neste domingo a Igreja dedica suas preces aos religiosos e religiosas.
O que fazer?
Ao menos uma prece por eles. Levar flores, oferecer uma missa que lá do Paraíso possam interceder por nós.
Que outras jovens possam sentir o chamado de Deus e ousar entrar no seguimento de Jesus.
O estilo da vida religiosa é abençoado, vivemos em comunidade e aí está o segredo da entre ajuda na vida consagrada missionária. Juntas somos mais fortes.
Coragem a cada um(a).
Meu abraço fraterno

Irmã Sônia de Fátima Batagin
, ijbp – Irmãs de Jesus BomPastor- Pastorinhas