Essa semana vou mudar um pouco de assunto, pois estive recordando meus estudos passados e me deparei com a Grécia antiga.
Aquela que já dominou o mundo na antiguidade e produziu homens que pensavam à frente do seu tempo, deixando-nos o conceito de república como utilizado até hoje.
Recordei-me, por exemplo de três deles: Sócrates, Platão e Aristóteles, filósofos que até hoje são estudados pelos seus conceitos e influenciam a filosofia mesmo nos dias de hoje, passados quase 2,5 milênios de suas mortes já que nasceram 4 séculos antes de Cristo.
Esses três já pensavam em virtudes. Incrível não é mesmo! Virtudes essas como ética, justiça, prudência, equidade e direito, entre outras, que parecem esquecidas nos dias atuais.
Sócrates achava que a virtude é a mais importante de todas as coisas, pois é o meio de se alcançãr a felicidade e a semelhança com Deus.
A ética socrática reside no conhecimento, ela tem por objetivo preparar o homem para conhecer a si mesmo, colocando a ética do coletivo acima da ética individual, trata-se da ética do respeito às leis e, portanto, da coletividade.
Platão, discípulo de Sócrates, pensava à semelhança do mestre, tinha a idéia de justiça como uma maneira de se encontrar ali o direito como mecanismo social, responsável pelo ajustamento das relações sociais e políticas.
Em um dos trechos do seu livro mais conhecido, A República, ele dizia que “justiça é a virtude do cidadão que tem predominância sobre a sabedoria, a coragem e a temperança”.
Aristóteles, discípulo de Platão, por sua vez, relaciona a equidade à justiça, sendo esta última, considerada pelo filósofo como a principal das virtudes, visto que se manifesta na relação com o próximo, por meio de práticas reiteradas de ações justas.
A justiça é compreendida como uma virtude que se distingue das demais, colocando-se numa posição superior, por ser uma virtude que se manisfesta na aplicação da excelência moral em relação às outras pessoas.
É a maior das virtudes por visar o bem do outro.
Como não poderia deixar de ser, esse três filósofos (Sócrates, Platão e Aristóteles), porque foram mestres e discípulos, pensam nas virtudes como adjetivos que podem levar o homem a descobrir que elas (as virtudes) são o pilar da sociedade justa, sábia, ética e que o coletivo deve sempre sobrepor ao individual.
Sábios mestres, pois até hoje seus ensinamentos são estudados por todos nós. Pena que não sejam também seguidos por todos como princípio elementares do bem viver e respeito ao próximo.
Quero, com esses conceitos tão antigos quanto verdadeiros, fazer uma analogia com os dias atuais onde essas virtudes estão esquecidas e relegadas a um plano que não atende mais aos anseios daqueles homens da antiguidade que muito tem a nos oferecer e ensinar.
Nossos homens públicos acho que se esqueceram, ou não leram esses conceitos tão antigos quanto sábios.
Esqueceram-se que pensar no coletivo é respeitar o próximo, tratando-se da ética do respeito às leis.
Pensar coletivamente não é o forte dos nossos representantes, pois atualmente vale o pensar individual, o egoísmo como forma de atuação parlamentar.
A imensa maioria deles, estão enrolados na sujeira da Lava Jato e estão querendo se safar atuando de uma forma que foge totalmente do pensar coletivo.
O que eles querem é continuar chafurdando-se no poder e esquecendo-se de que estão investidos na função para pensar coletivamente no povo.
São egoístas pois pensam em primeiro lugar em si, em segundo lugar em si, em terceiro lugar em si……….
Onde está a ética, a justiça, o direito, a equidade?
Será que aqueles filósofos da antiguidade nos legaram esses conceitos somente para estudos teóricos e não para serem aplicados na prática?
Pobre Brasil nas mãos desses egoístas, safados, perdulários da coisa pública.
O Brasil vai muito mal nas mãos desses representantes que hà muito não representam senão a si mesmos.
Puros demagogos!
Pensemos nós em justiça, em ética e vamos fazer valer nosso voto nas próximas eleições, escolhendo e colocando representantes que possam pensar coletivamente. Só assim poderemos mudar o Brasil.
Boa sorte a todos!
Maio 2017
