Ser mãe ou tornar-se mãe?

Enjoos, mal estar, incômodos, oscilações hormonais. Teste de gravidez: positivo! Assim nasce uma mãe, ou pelo menos acreditam que nasce…
Existe um mito que perpetua desde muito tempo, de que todas as mulheres nasceram para ser mãe, por isso quando descobre que está grávida, torna-se, como num passe de mágica, “expert” em fraldas, assaduras, alimentação saudável, amamentação, higiene do bebê, e tantas outras cobranças que vem junto com a gravidez.
Quando uma mulher descobre que será mãe nem imagina de como a sua vida irá mudar, existe uma expectativa social de que mães são super heroínas, pessoas que podem ficar horas sem dormir, sem comer, nunca adoecer, desenvolver inúmeras atividades em tempo recorde (lavar, passar, cozinhar, dirigir, trabalhar em outros locais, arrumar os filhos, o marido), e ainda, estar sempre com um belo sorriso no rosto.
Mas sinceramente, e quando a mulher não dá conta? E quando a vontade de chorar e ficar sozinha é maior do que carregar seu filho no colo? Pois bem , a depressão pós-parto (DPP) tem acometido cerca de 10 a 20% das novas mamães, afetando tanto a saúde da mãe quanto o desenvolvimento de seu filho. A manifestação desse quadro acontece, na maioria dos casos, a partir das primeiras quatro semanas após o parto, alcançando habitualmente sua intensidade máxima nos seis primeiros meses. Os sintomas mais comuns são desânimo persistente, sentimentos de culpa, alterações do sono, ideias suicidas, temor de machucar o filho, diminuição do apetite e da libido, diminuição do nível de funcionamento mental e presença de ideias obsessivas ou supervalorizadas.
Essa mulher precisa mais do que nunca, ser cuidada, e isso deve ser feito por uma rede de apoio, que pode ser composta pelo marido, sogra, mãe, vizinha, e principalmente, um acompanhamento especializado.
Por fim, a depressão pós parto é um assunto sério que precisa ser visto como um problema de saúde pública, é preciso que compreendamos que ninguém nasce mãe, mas torna-se mãe, e portanto, é um processo de aprendizado , que pode se tornar mais fácil quando se encontra pessoas que apostem em dividir esta caminhada.


ninguém disse a essa mãe que não existe um guia de como ser mãe, existem algumas apostas de cuidados, mas que ser mãe é uma descoberta constante que só ela irá poder construir com o seu bebê, somente ela conseguirá diferenciar se o seu bebê está com cólica, manha ou fome, somente ela saberá o objeto que poderá acalmar o filho, pode ser um ursinho, uma fraldinha, uma chupeta ou apenas o colinho de mãe, mas ela não vai descobrir isso do dia para a noite, pode levar alguns dias, assim como muitos outros cuidados serão descobertos com o tempo, calma mãe, já respirou hoje? Todos diziam que a sua barriga estava linda não é? Mas e agora que nasceu, onde estão essas pessoas para te ajudar a colocar as fraudas ou para ajuda-la na hora do banho?