A partir deste domingo (25/07), durante cinco domingos, vamos ler o capitulo sexto do Evangelho de São João (com exceção do terceiro domingo que comemoramos a festa da Assunção de Maria).
Neste domingo, vemos nas leituras, Deus que se manifesta em favor do seu povo.
A leitura do Segundo Livro dos Reis, e o Evangelho tratam da multiplicação dos pães.
Na primeira leitura o profeta Eliseu, recebe pães e os distribui à comunidade: “Dá ao povo que coma” (2Rs 4,42). O seu servo faz uma observação acerca da pouca quantidade de pães para cem pessoas. Mas, Eliseu, o homem de Deus,confiante nas palavras do Senhor, diz: “Comerão e ainda sobrará”.
O que de fato ocorreu. Desse modo nos ensinou que havendo partilha, todos ficarão satisfeitos e ainda ter de sobra.
Este milagre é uma figura, uma imagem da multiplicação dos pães, realizada por Jesus. No Evangelho de João (6,1-15) ouvimos que a multidão seguia Jesus, devido as curas e aos sinais por Ele realizados.
Era povo com fome e doente, como um rebanho sem pastor. Buscava sinais, seguia a Jesus por que enxergava nEle o novo líder capaz de resolver os seus problemas.
Vendo aquela multidão que o procurava Jesus confronta os discípulos com a fome do povo: “Onde vamos comprar pão para eles comerem?” (6,5) O que fazer?
Vocês têm alguma sugestão? Aí entram em cena Filipe e André.
Filipe dá uma sugestão. Comprar pão para todos. Mas cadê o dinheiro? André, seu companheiro, apresenta uma solução mais pobre, a de um menino que oferece cinco pães e dois peixes disposto a partilhar.
Ele mesmo não acredita neste gesto. Vai dar para tanta gente?
O menino entregou sua marmita dizendo: “Eu sei que não dá, mas o que tenho eu ofereço”.
Fé em Jesus e nas pessoas.
Todos se dispõem a partilhar. Isto nos mostra que se todos partilharmos o que temos nada faltará para ninguém.
Todos terão o suficiente e o necessário para viver dignamente. Isto está dito nas sobras; os doze cestos estavam cheios.
Jesus não que agir sozinho, Ele disse aos discípulos, como a nós também hoje: “Vocês é que têm de lhe dar de comer.”
A solução da fome de hoje, no mundo, não depende de um ato mágico de Jesus, e sim da colaboração de todos, como estamos vivenciando neste momento difícil da pandemia. Quantos gestos de partilha, solidariedade!
Jesus nos diz que não basta só distribuir aos que não tem, pois “O importante é ajudar na construção de um mundo mais justo, onde não haja mais um pequeno número dos que possuem muito ao lado de multidões incalculáveis dos que nada possuem” (Dom Helder Câmara).
Devemos partilhar além dos pães, nosso tempo, companheirismo, presença, bondade e sorrisos!
Isso agrada a Jesus!
Rosinha Macluf Carravero
