Reúso da água

Para fechar o mês de comemoração ao Dia Mundial da Água, hoje o tema tratará do reúso da água. A reutilização ou o reúso de água ou o uso de águas residuárias não é um conceito novo e tem sido praticado em todo o mundo há muitos anos.
Já na Grécia Antiga, há relatos do reúso de águas residuárias na irrigação. Por conta da demanda crescente, o reúso planejado da água é um tema atual e de grande importância.
Segundo a CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), existem diversos tipos de reúso da água. A reutilização de água pode ser direta ou indireta, decorrentes de ações planejadas ou não.
Reúso indireto não planejado da água: ocorre quando a água, utilizada em alguma atividade humana, é descarregada no meio ambiente e novamente utilizada a jusante, em sua forma diluída, de maneira não intencional e não controlada. Caminhando até o ponto de captação para o novo usuário, a mesma está sujeita às ações naturais do ciclo hidrológico (diluição, autodepuração).
Reúso direto planejado das águas: ocorre quando os efluentes, após tratados, são encaminhados diretamente de seu ponto de descarga até o local do reúso, não sendo descarregados no meio ambiente. É o caso com maior ocorrência, destinando-se a uso em indústria ou irrigação.
Além destes, também pode ocorrer o reúso das águas de chuva, mais comuns para usos domésticos, comerciais e pequenas indústrias. As águas de chuva são encaradas pela legislação brasileira hoje como esgoto, pois ela usualmente vai dos telhados, e dos pisos para as bocas de lobo aonde, como “solvente universal”, vai carreando todo tipo de impurezas, dissolvidas, suspensas, ou simplesmente arrastadas mecanicamente, para um córrego que vai acabar dando num rio que por sua vez vai acabar suprindo uma captação para Tratamento de Água Potável. Claro que essa água sofreu um processo natural de diluição e autodepuração, ao longo de seu percurso hídrico, nem sempre suficiente para realmente depurá-la.
Uma pesquisa da Universidade da Malásia deixou claro que após o início da chuva, somente as primeiras águas carreiam ácidos, micro-organismos, e outros poluentes atmosféricos, sendo que normalmente pouco tempo após a mesma já adquire características de água destilada, que pode ser coletada em reservatórios fechados.
Para uso humano, inclusive para como água potável, deve sofrer evidentemente filtração e cloração, o que pode ser feito com equipamento barato e simplíssimo, tipo Clorador Embrapa ou Clorador tipo Venturi automático. Em resumo, a água de chuva sofre uma destilação natural muito eficiente e gratuita.
Em suma, existem várias maneiras de reutilização da água, recursos escasso, finito e de grande importância para manutenção da vida na Terra e desenvolvimento das atividades humanas. Cuidar dela é dever de todo cidadão habitante do planeta e todos devem fazer a sua parte.