Restauração Florestal: empregos e captura de gases do efeito estufa

No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 05 de junho, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou a Década da Restauração dos Ecossistemas. Segundo dados da própria ONU, o planeta está perdendo 4,7 milhões de hectares de florestas anualmente e metade das áreas úmidas do mundo secaram, o que fortalece a ideia e a necessidade de recuperação dos ecossistemas, a fim de garantir o combate à crise climática global e melhorar a segurança alimentar, disponibilidade hídrica e a biodiversidade.
Com este projeto, deverá ocorrer a restauração de 350 milhões de hectares de ecossistemas terrestres e aquáticos, o que gerará cerca de 9 trilhões de dólares em serviços ecossistêmicos. Com as soluções ecológicas, a iniciativa também poderia remover entre 13 e 26 gigatoneladas de gases de efeito estufa da atmosfera. De forma prática, a restauração pode ocorrer de diversas maneiras: reflorestamento de áreas desmatadas, despoluição de rios e implementação de áreas verdes nas cidades.
De acordo com o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (PLANAVEG), um esforço de recuperação em larga escala da vegetação nativa pode gerar entre 112.000 e 191.000 empregos rurais diretos por ano. Por meio do PLANAVEG, o Brasil assumiu o compromisso voluntário de restaurar 12 milhões de hectares de florestas até 2030, além de implantar a agricultura de baixo carbono em outros 10 milhões de hectares, também com o objetivo de recuperar pastagens.