PROMESSAS

Entra ano, sai ano e as promessas não se renovam, mas em 2017 parece que foi um pouco diferente.
Não é para menos, pois 2016 foi um ano muito difícil em todos os setores da sociedade, notadamente nas administrações governamentais, quer seja na federal, estaduais e, principalmente, nas municipais que estão na linha de trás no recebimento dos tributos (no rabo da fila), já que com a recessão econômica a arrecadação de impostos diminuiu muito.
Em todas essas esferas os gastos foram desmesurados e desproporcionais às arrecadações.
Todos os mais de 5500 municípios do Brasil estão numa penuria de dar dó, já que estão todos literalmente quebrados, para não dizer falidos.
Nessa nova leva de prefeitos a mais “prometida promessa” nos discursos de posse foi de redução dos gastos.
Não sem razão, pois com o caixa vazio nem precisava prometer, mas todos, sem exceção deveriam estar com seu planejamento de olho nos gastos gerais.
Administrar significa escolher as prioridades e muitos prefeitos preferiram gastar em circo ao invés de investir em infraestrutura básica; tais como, educação, saúde, segurança e saneamento.
Deu no que deu!
O caixa, que já era apertado, desapareceu e com ele apareceram as dívidas, e o que é pior, com os próprios servidores.
Não podemos esquecer que a grande maioria das prefeituras tem uma montanha de servidores que só faz encher a máquina, além de gastar pessimamente seus parcos recursos.
Erros de administração, gastança sem fim e irresponsabilidade no uso das verbas cada vez mais escassas foram as causas do desastre anunciado.
Vamos esperar que essa promessa de austeridade na contenção dos gastos dure o mandato inteiro e seja seguida de uma reforma administrativa séria, com eliminação dos cargos comissionados e que possa iniciar um avanço efetivo na profissionalização do funcionalismo e na valorização dos conceitos de planejamento, eficiência e qualidade.
Que a coisa pública seja tratada como é na empresa privada.
Mais que nunca é chegada a hora dos prefeitos tratarem seus municípios com transparencia nos gastos e que possam fazer mais com muito menos.
A população deve continuar vigilante em seus municípios e cobrando seus prefeitos e vereadores com muita seriedade, esperando deles uma efetiva administração competente.
Desejo que todos os novos prefeitos não somente cumprarm suas promessas de campanha, mas também que façam de seu mandato um sacerdócio em benefício de seus munícipes.
Boa sorte a todos eles e um feliz 2017 a todos nós!
Janeiro de 2017