Pode o Brasil parar?

Passam-se os anos e a esperança se renova, mas a realidade é cruel demais. Não passa um dia em que não tenhamos notícias de mal feitos mirabolantes de nossos agentes públicos e, mais recentemente, também dos agentes privados. Uns são os corruptos e os outros corruptores. Qual dos dois é o mais nefasto à nação? Os irmãos Batista, a famíla Odebrecht, o grupo EBX ou será que nossos homens públicos não estão à altura de representar os anseios da população? Essa é uma pergunta que gostaria que alguém me ajudasse e me explicasse como poderia resolvê-la. Para mim é uma questão muito difícil, senão impossível de resolver, mas para efeitos práticos muito simples. Os dois são perniciosos no ambiente de dignidade em que deveriam atuar. A ética e a moral deveriam ser os pilares para esses homens, pois os valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens e os que regulam o comportamento do homem em sociedade nada mais são do que aqueles valores imutáveis para uma sociedade sadia que há muito esperamos e que nossa esperança se esvai a cada dia, mes e ano que passa. Ficamos mais céticos e críticos com nossa sociedade que está carcomida por valores financeiros e econômicos que pautam atualmente as relações humanas.
O Brasil precisa urgentemente de uma revisão total em seus valores e em seus representantes. Os valores serão muito difíceis de alcançar a curto prazo, visto necessitarem de um investimento brutal em EDUCAÇÃO. Coisa que deixou de ser prioridade há muito tempo. Entretanto nossos representantes são passíveis de mudança muito rápida, pois dependem unicamente de nós mesmos, de nossos votos. Se eles não prestarem vamos mudá-los, se eles não prestam mais vamos colocá-los na geladeira. Basta para isso que não votemos mais naqueles que querem o poder para locupletarem-se e lambuzarem-se do mel da corrupção.
Essa mudança está para acontecer, pelo que estou sentindo, pois todos nós estamos enojados com os últimos acontecimentos havidos em nossa república. Fala-se de milhões, bilhões como se fossem corriqueiros esses valores, como se a população não necessitasse de hospitais, creches, segurança, investimentos em infraestrutura e outras coisas básicas para um viver digno como reza a nossa Carta Magna no seu Art. 1º, aquele da dignidade da pessoa humana. Nossos políticos ainda não se deram conta, mas está por vir uma mudança enorme nas próximas eleições. Não votaremos mais naqueles que conspurcaram e desonraram seu mandato, pois perderão seu foro privilegiado e cairão na justiça comum onde todos nós estamos sujeitos às normas.
Nossos políticos, salvo as exceções honrosas, perderam a vergonha e a compostura, pois há anos estão viciados em saquear impunemente o erário. A corrupçaõ parece endêmica em nossos partidos políticos acostumados com a farta distribuiçao de dinheiro e, por incrível que possa parecer, virou uma espécie de luta, de disputa, para ver quem consegue maiores vantagens para si ou para o partido em que são filiados. Nessa disputa quem perde sempre é o povo, refém desses homens que deveriam estar à disposição e ao trabalho para o bem estar do próprio povo. Pobre Brasil!
Sinto que estamos sendo ridicularizados por outras países onde a corrupção existe mas em níveis tão baixos que não são consideradas um mal maior. Quanta humilhação!
Mas o Brasil não vai parar! Vamos renovar nossas esperanças tirando-os do poder e votando naqueles que ainda não foram picados pela doença da corrupção. Vamos usar de nossos meios e da lei para fazê-los pagar pelos crimes cometidos. A nossa arma é o voto consciente.
Boa sorte a todos!

maio de 2017