Uma frase bem comum de se ouvir é que “na minha época, era assim…”, o que remete a lembranças do tempo de criança, juventude e assim vai, quando usamos essa frase é pra fazer menção as lembranças das vivências que tivemos, e geralmente são boas lembranças.
Hoje escolhi fazer essa menção para assim desenvolver este artigo, “na minha época, era assim…”, …se aprendia desde pequeno o costume de ir à Igreja, de assistir as Missas aos domingos, de frequentar a catequese, de comprometer-se com a vida cristã, existia até as roupas específicas de Missa, como forma de apresso à Casa do Senhor, os mais velhos ensinavam o respeito e o porquê do silêncio, para prestar atenção na Celebração, explicavam o passo a passo da liturgia e solucionavam as eventuais dúvidas que surgiam, junto com esses ensinamentos vinham os aprendizados das orações, Pai Nosso, Ave Maria, Santo Anjo do Senhor, e assim vai, ensinamentos esses que muitos trazem até hoje no coração e buscam praticar no dia a dia, levando consigo os ensinamentos as gerações futuras.
Quantas riquezas recebemos, quando digo “na minha época…” me vem sabedoria, amor e saudades, saudades pois o que ficam são recordações das procissões, da dedicação as manhãs de Corpus Christi pra enfeitar as ruas com pó de serra, tampinhas de garrafa, logo após, passar com a procissão e ver os desenhos desenvolvidos por suas próprias mãos e se sentir tão feliz em ter ajudado, coroações de Nossa Senhora, encenações de dia dos pais, mães, páscoa, natal e tantas outras, de ver uma Igreja viva e fiel.
Mas, o tempo passa… e infelizmente com o passar do tempo, muitos costumes se perderam, concordo que tudo evoluiu com o tempo, mas nem tudo convém evoluir, têm coisas que não se pode perder, como por exemplo, os bons exemplos dos pais conduzindo desde pequeno os seus filhos no caminho do Senhor, reservando um horário aos finais de semana para participar da Santa Missa, demonstrando a importância da catequese e o porque fazê-la, o prazer em viver uma vida em comunidade, não apenas procurando a Igreja quando convém, mas vivendo como missão.
Entristece ver pais deixando seus filhos na porta da Igreja, ao invés de entrar e participar junto, sendo um exemplo para sua criatura.
Entristece não ser mais um bom costume ensinar desde pequenino as orações da Igreja, não conduzir para os passos catequéticos e não demonstrar a importância fazer parte da comunidade cristã, tornar a ida a Igreja algo esporádico.
Os chamados velhos costumes, já não se aplicam mais, a vida virou um relógio sem tempo e Deus um segundo plano, mas aí como podemos exigir uma geração futura com bons princípios?
O exemplo vem de berço, a palavra pode até convencer, mas é o exemplo que arrasta, por isso, o dever de ensinar vem daquele que aprendeu e tem a missão de levar adiante, a semente que lá atrás foi plantada têm como objetivo gerar frutos, mas pra isso deverá ser cultivada, e isso cabe a aquele que deve ser o exemplo, os pais.
É necessário resgatar na memória e no coração, lembrar dos pais, avós, pegando na mão e levando para os bons caminhos, para que assim nunca esqueçamos de onde viemos e para onde queremos ir.
Guilherme Rego