O sentido da palavra

O conceito de signo, usado pelo psicanalista francês Lacan, teve início a partir dos estudos do antropólogo Saussure, que por sua vez, definiu signo como o formativo da relação (sua formante) entre um conceito e uma imagem sonora.
Saussure definia que o signo se constituía a partir do significado e significante. Porém, o significado é algo dado pelo dicionário. Já o significante era reconhecido como uma junção de letras, uma imagem acústica.
Saussure compreende que o significado está sempre a frente do significante, assim a palavra passa a ser a “coisa” que ela representa.
A psiquiatria tende a usar o significado, pois possibilita que a mesma trabalhe com um método classificatório que define a patologia do sujeito.
Já Lacan, inverte esta ordem, dando prioridade ao significante, já que é ele que carrega o real sentido “da coisa”, “coisa” que só é entendida mediante o sentido que cada sujeito dá para aquilo, ou seja, cada sujeito da a sua cor para o sentido, por isso, o mesmo é sempre diferente de acordo com as vivências do sujeito, e isto que possibilita construir a sua singularidade.
Para a psicanálise, olhar o significante é de extrema importância, pois é o que permite compreender o sintoma de cada sujeito, é perceber que o sintoma que ele apresenta tem marcas da sua história de vida, até porque a psicanálise compreende o sintoma como o modo de funcionamento subjetivo do sujeito.
Por fim, o filósofo Schopenhauer ressalta que o que o sujeito conhece do mundo é uma representação dada a partir das suas vontades e crenças.