O IPCA-15, indicador medido pelo IBGE e considerado prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,99% neste mês de fevereiro.

Acelerou em relação ao índice de 0,58% registrado em janeiro – e foi também a maior variação para o segundo mês do ano desde 2016.
Segundo o IBGE, o resultado da prévia da inflação em fevereiro foi influenciado pelo grupo educação, com variação próxima a 5,7%. Com a volta às aulas, altas no setor costumam ser comuns nesta época do ano.
Outro destaque foi o grupo Alimentação e bebidas, com alta de 1,20% em fevereiro. As maiores altas do grupo vieram de tubérculos, raízes e legumes, como a cenoura, que encareceu quase 50%, e a batata-inglesa, com alta na casa de 20%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados para a composição do índice, apenas o de Saúde variou negativamente. Mas a queda foi mínima, de 0,02%.
E, com exceção de Porto Alegre, a prévia da inflação variou para cima em todas as áreas pesquisadas.
O maior resultado ocorreu na região metropolitana de São Paulo, com avanço de 1,20%, influenciado pelas altas dos cursos regulares, do grupo Educação, e dos automóveis novos, no grupo Transportes.
Nos últimos 12 meses, a alta acumulada do indicador é de 10,76%, e, no ano, o avanço é de 1,58%.
A diferença entre o IPCA-15, considerado prévia da inflação, e o IPCA, que é o índice oficial de variação dos preços, é o período de coleta.
A prévia considera preços medidos pelo IBGE geralmente entre o dia 16 do mês anterior ao 15 do mês de referência. Já os preços considerados para o cálculo do IPCA são coletados entre o primeiro e o último dia do mês.