Baixa adesão à vacina pode trazer de volta a paralisia infantil, doença erradicada no país

Erradicada no Brasil desde 1989, a paralisia infantil pode ressurgir em virtude da queda na cobertura vacinal nos últimos sete anos, alerta a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), que lançou a campanha Paralisia Infantil – A Ameaça Está de Volta, para estimular a adesão à vacina contra a poliomielite.
Pesquisadores temem a volta da doença no país, como ocorre em locais onde a pólio estava erradicada, por exemplo, Estados Unidos, Malawi e Israel.
Os dados apontam que a cada 10 bebês brasileiros nascidos em 2021, três não receberam a vacina contra a pólio.
A imunização inicial, intramuscular, é prevista com DOIS, QUATRO e SEIS meses de idade.
O reforço é feito com a vacina em gotinhas aos 15 meses e aos QUATRO anos.
De acordo com o Programa Nacional de Imunizações, apenas 54% das crianças completaram o esquema vacinal no ano passado.
A meta é atingir 95% das crianças para garantir a imunização coletiva.
A infecção pelo poliovírus pode causar sequelas e levar à morte.
A contaminação pode provocar paralisia irreversível em membros, principalmente as pernas.
De 5 A 10% dos pacientes que sofrem de poliomielite morrem por paralisia dos músculos respiratórios.