Sempre risonho, gordo, baixinho, de botinas, calça cáqui e cinta larga… assim era Lázaro de Andrade ou Zico Rosa.
Fazia bicos ou seja, trabalhava aqui ou acolá. Gostava mesmo é de caçar. As matas virgens junto do rio Capivari, ofereciam muita caça. A caça era livre e o rio cheio de peixes… um paraíso. Fazia qualquer coisa por uma caçada… organizava, preparava as tralhas e cozinhava.
Ao agrado do freguês, preparava maços de palha para fumo de corda, mas foi sua risada gostosa que o tornou uma figura popular.
Nos anos 40, muitos circos vinham a Capivari e eram montados em terrenos vagos e muitas peças cômicas eram apresentadas no Teatro Íris, na praça central. No circo ou no teatro, ouvindo-se uma boa piada ou uma brincadeira do palhaço, logo se ouvia a gargalhada que dominava todo o ambiente e parecia não acabar.
Tornou-se muito conhecido, ganhava os ingressos para os espetáculos, pois acabava divertindo o público e os artistas.
Com a idade avançada foi ficando surdo e pedia para algum amigo reproduzir a piada ou a fala do artista… e lá vinha sua risada atrasada, deixando o artista sem entender nada.
Passou seus últimos anos de vida morando na Santa Casa onde foi tratado com carinho. Teve um funeral digno e agora ri muito no céu. Zico Rosa empresta seu nome a uma rua no Parque Residencial Santa Rita.
Fonte: Gente e coisas do passado – José Hipólito de Carvalho.
