MOMENTO CATÓLICO

Colunistas

Bom dia, querido(a) leitor (a):
Um grande abraço :
Viver é um dom imenso de Deus. A cada dia precisamos ser agradecidos(as) por estarmos ocupando este espaço planetário terrestre. Ser pessoa agradecida(o), sim, um indivíduo que é capaz de dizer “obrigado(a)” nas pequenas coisas. Com delicadeza saber dizer assim: “Por gentileza podes fazer isso para mim?” Estas expressões fazem a diferença neste planeta terra que grita pela ternura e delicadeza de comportamento. Ao tocarmos nesta realidade veremos o outro ao nosso lado como um ser convivial, um ser que soma comigo, um ser humano que está debaixo do mesmo céu e do mesmo sol ardente. O Papa Francisco fala sobre a amizade social em seu documento da Fratelli Tutti.
“O outro” deve ser incorporado na minha vida, na minha história. Infelizmente o ser humano está desumanizado, desintegrado, desgastado; Está automatizado, olhando pra telinha de seu celular, smartfone. Você e eu precisamos descobrir como interferir junto destas pessoas que perderam-se na relação social. Quando vamos almoçar, jantar, é preciso esquecer o telefone pois, estamos diante de um ser que precisa ser cuidado/ acariciado com um sorriso e escutado com meu coração.
É tempo de mudar., mudar para aquecer a fraternidade universal. Quando realizamos pequenos gestos de olhar nos olhos do outro(a), de ouvir com o coração, chorar, se alegrar, então nos embalamos na prática do verdadeiro encontro. Algo novo se move e se transforma pois há uma sinergia que faz o novo acontecer.
Quantas tribulações nosso povo brasileiro tem enfrentado ultimamente. Quantos dissabores, quanta dor, quanta desolação. Porém, permanecemos em pé, como Maria aos pés da cruz. Firmes alimentando a irmã esperança, esta chama que nunca se apaga.
Penso que você e eu, com certeza, nos fizemos solidários(as) com nosso olhar vigilante, com nosso coração apertado neste tempo de flagelo com as enchentes que escapam de nossa compreensão diante da Mãe Natureza atualmente em desiquilíbrio porque está ferida;.
Estivemos orantes junto à população de Capivari e região, junto ao povo petropolitano, junto as pessoas moradoras da Bahia, junto ao povo de Minas Gerais, junto ao povo africano de Madagascar, e balbuciando incessantemente algumas palavras ao Bom Deus: “ Senhor tenha compaixão deste povo sem casa, sem os entes queridos, sem o direito de sepultar os corpos perdidos pelas enxurradas.”
Mesmo em tribulações é preciso ser forte, é preciso manter o equilíbrio, é preciso acreditar que podemos atravessar o vale da morte, o vale do sufoco, tirar a corda do pescoço.
A cada novo amanhecer brota espontaneamente de nossos lábios: “Obrigada Senhor pois estamos com vida, dentro de uma casa, de um abrigo”. Então: é aprender a recomeçar e acreditar que é possível reconstruir-se.
Assim é necessário, útil e urgente renovar nossas energias pela força que vem da oração, que vem de uma boa leitura espiritual. Deste modo podemos conjugar o verbos resilienciar, e esperançar.
Experimente conjugar estes verbos quando está no trabalho ou caminhando. É preciso manter a esperança. No livro do Eclesiastes 3,1-11 há um trecho belíssimo que diz assim: “Tudo tem seu tempo e sua hora e cada tempo há uma ocupação debaixo do céu. Tempo de sorrir, tempo de chorar, tempo de amar, tempo de jogar pedras, tempo de plantar, tempo de arrancar, tempo de solidarizar-se, tempo de acolher os migrantes, refugiados, tempo de amar. …..”
Neste tempo estamos vivenciando a Quaresma, e cada ano a Igreja nos convida a vivenciar juntos como Igreja do Brasil, a Campanha da Fraternidade com o tema: Fraternidade e Educação: Falar com sabedoria e ensinar com amor: uma tarefa para todos nós. A Igreja do Brasil nos aponta que refletir e atuar a favor da educação é uma forma de viver a nossa penitência quaresmal. Olhando para Jesus, mestre e educador, reconhecemos que ele passou fazendo o Bem,” Ele passou a vida falando com sabedoria e ensinando com amor”. até sua doação total na cruz para a vida do mundo.
Por meio D’Ele reconhecemos que algo pode e deve mudar em nossa sociedade, em nossos país, principalmente em nossas relações. Um trabalho concreto pra cada um de nós neste tempo seria em participar dos grupos de reflexão pra poder entender melhor a situação de nossos professores com suas esperanças e angustias. Rezar por eles, ajudar no processo de melhoria nas escolas. Agradecer cada um deles que dão tudo de si pra resgatar a vida com valores éticos que incidem na sociedade tão fragilizada; eles(as) são interlocutores, protagonistas de um novo avenir junto das crianças, adolescentes e jovens.
Diante da liberdade da pessoa, o educador desempenhará o papel de um mestre que conduz a tornar-se ela mesma no respeito daquilo que é, acompanhando, sustentando e propondo quando julgar necessário. O objetivo é fazer emergir uma pessoa madura, com adequada capacidade de compreensão do próprio ser em seus diversos aspectos e características.
Então, aproveitemo-nos para penetrar neste sonho comum de ajudar nossas escolas, nossos alunos, nossos professores a interagirem em vista do bem comum. É precioso este tempo. Porque é um tempo de reflexão conjunta. Ninguém pode se omitir neste processo e amoitar-se na indiferença. Estamos também em processo de sinodalidade em sintonia com o Papa Francisco . Deste modo, podemos fazer acontecer uma nova sociedade baseada na solidariedade e assim resgatando a verdadeira cidadania trazendo mais luzes pra nossa cultura brasileira.
Deixemo-nos modelar pelo Mestre Jesus, que é Pastor- Caminho Verdade e Vida.

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