Mito ou verdade: Baiacus podem “chapar”golfinhos?

Um documentário da BBC One de 2014, Dolphins: Spy in The Pod, trouxe o tema à tona.
A ideia de que os golfinhos usam essa toxina para ficarem “drogados”.
Os baiacus têm uma toxina letal chamada tetrodotoxina, presente em sua pele, carne e órgãos internos, que bloqueia a ação dos nervos.
Se consumida, essa substância é mortal para seus predadores, inclusive para os seres humanos.
De acordo com o documentário, esta substância presente no corpo dos baiacus quando utilizadas em pequenas dosagens, podem trazer efeitos narcóticos e são utilizadas pelos golfinhos, como forma de recreação.
Ainda segundo o documentário, os golfinhos que mordiscavam o baiacu, começaram a agir de uma forma peculiar, nadando com o nariz para a superfície como se estivessem fascinados por seu próprio reflexo.
Essa interação entre golfinhos e baiacus também foi observada em 2017, na costa oeste da Austrália.
Krista Nicholson, pesquisadora da Universidade Murdoch, observou o mesmo comportamento: golfinhos segurando um baiacu na boca e depois o jogando ao redor para os colegas.
Outros estudos mostram também o comportamento de alguns animais com relação a ingestão de substâncias que também podem causar algum tipo de “barato”, a exemplo dos elefantes que se embebedam com frutas fermentadas.
No caso dos golfinhos e baiacus, existem posicionamento de alguns biólogos marinhos que discordam dessa teoria, alertando que golfinhos que fazem uso de baiacus (rs) ficam apenas entorpecidos ou dormentes e que o efeito recreativo não existe.
E que a “chapação” dos golfinhos, nada mais é que a própria natureza comportamental desses animais, que são muito brincalhões.
Chapados ou não, golfinhos e baiacus são animais incríveis e que merecem todo o respeito e cuidado na preservação de suas espécies, garantindo que essa interação não deixe de existir, cabendo a nós, apenas observar, estudar e contemplar esses seres incríveis.