Meu coração conversa comigo

A prevenção é o melhor caminho para cuidar do coração. Vá ao cardiologista e siga as orientações médicas.
Sociedade Brasileira de Cardiologia

O cardiologista doutor Fábio Guidetti me dispensou dos medicamentos para pressão arterial depois de exames e testes físicos, onde conheci um pouco mais de meu coração, remédios que outra cardiologista havia me prescrito, contando com o auxílio da nutricionista Lícia Rocco, que, além de dieta alimentar, me incentivou a continuar frequentando a academia. Diminuí o meu peso em 10% em alguns meses.
Eu não conversava com meu coração. Na parte física e funcional, ele estava trabalhando normalmente, eu não me incomodava de verificar se ele estava sob pressão de meu peso para arrastar meu “cavalo” (corpo) e ia dando as rédeas para ir por onde gostasse e tivesse prazer.
Fui um privilegiado por nunca ter usado tabaco, muito comum na minha juventude, nem maconha num tempo onde se desconhecia a cocaína e não existia o crack. Álcool, contra a recomendação de meu pai, fiz uso socialmente, apesar de abusar em alguns dias. Mas, hoje nada disto me tira o sono; outras questões, sim, às vezes me fazem impaciente e me deixam com insônia. Mas, graças a Deus, são raros os dias no ano.
Estou praticando o desligamento emocional e patrimonial, com alguma dificuldade, confesso; algumas vezes, apesar da corrente de ajuda que recebo de minha esposa, da religião o Espiritismo, do Nar-Anon e agora da Constelação Familiar. Tudo vai se encaixando e estou progredindo. Não dá para parar, o conhecimento não ocupa espaço e tenho de aproveitar o restinho de anos que me sobram nesta temporada na Terra. Pretendo chegar aos 82 anos num corpo saudável.
Faço caminhada, nado, controlo a alimentação e durmo bem. Trabalho analisando livros para publicação e contatos e contratos com os autores. Voluntariamente faço palestras sobre prevenção e recuperação em álcool e outras drogas, em algumas clínicas, e também sobre espiritualidade e Espiritismo. Escrevo para os jornais Correio de Capivari e O Semanário todas as semanas. Isto tudo me ocupa a vida e faz me sentir útil.
Hoje na nossa empresa não temos nenhum funcionário que fume e nenhum alcoólatra, temos alguns em recuperação, visto que a doença é crônica – se retornar ao uso, volta toda a compulsão.
Segundo o cardiômetro, que é um indicador do número de mortes por doenças cardiovasculares no país, criado pela SBC – Sociedade Brasileira de Cardiologia, as doenças cardiovasculares, afecções do coração e da circulação, representam a principal causa de morte no Brasil. São mais de 1.100 mortes por dia, cerca de 46 por hora, 1 morte a cada 1,5 minutos (90 segundos).
As doenças cardiovasculares causam o dobro de mortes que aquelas devidas a todos os tipos de câncer juntos, 2,3 vezes mais que todas as causas externas (acidentes e violência), 3 vezes mais que as doenças respiratórias e 6,5 vezes mais que todas as infecções, incluindo a AIDS.
A SBC estima que, ao final deste ano, quase 400 mil cidadãos brasileiros morrerão por doenças do coração e da circulação.
Muitas dessas mortes poderiam ser evitadas ou postergadas com cuidados preventivos e medidas terapêuticas. Um alerta – a prevenção e o tratamento adequado dos fatores de risco e das doenças cardiovasculares podem reverter essa grave situação. (1)

(1) http://www.cardiometro.com.br/