LEMBRANÇAS DE IDOS TEMPOS

Um vídeo interessante, corre pela internet, sobe a matança de lobos, no oeste americano, em razão do avanço do homem, na região do Yellowstone National Park, em décadas passadas.
A estatística de 1950 dá conta que praticamente chegaram a acabar com a população destes animais, numa total devastação da espécie.
Verificando o erro cometido, com o desequilíbrio ecológico, somente em 1995, voltaram a tê-los novamente, pois que significava algo de suma importância para todo um universo de animais, aves, plantas, rios e a própria terra.
Um projeto fantástico; digno de ser conhecido, apreciado e imitado.
Lá pelas bandas da década de 1950, lembro-me das caravanas que saiam de Capivari, para o Mato Grosso.
Ainda àquela região não era dividida em dois Estados, mas os caçadores lá chegavam em profusão, matando, degradando a natureza, retirando as espécies de peixes e tudo o mais acontecendo, pelo simples prazer da caça.
Os caminhões saiam do centro de Capivari, carregado de armas, de armadilhas, de facões, cordas e tudo o mais.
Nada ficava a esquecer, pois que objetivos eram bem conhecidos: jacarés, onças, peixes, cobras, etc.
Tudo num requinte que os pequenos, como eu, observava atentamente.
Na volta, vinha pelas de animais e me lembro das onças abatidas por estes caçadores.
Lembro-me, também, dos jacarés sacrificados tão somente pelo prazer da caça.
Dos jacarés, quando chegavam, faziam a fila destes, no chão e fotografavam em fileiras: uma espécie de requinte de crueldade, que, só serviam para nada.
Pois que o reverso da moeda, acabou por nos trazer sérias consequências, que somente o tempo demonstrou o erro e a perversidade dessa prática nociva: acabando os jacarés, sugiram as piranhas.
Como sabemos, o controle das piranhas estava nas mãos dos jacarés.
E, passou-se a um grande problema que, somente com muita habilidade e leis severas, teve um fim: proibiu-se a caça e a pesca indiscriminada e isto só se ocorreria em alguns tempos, mas que após a análise de que não haveria desequilíbrio.
Os pequenos rios ou até córregos, na região do Mato Grosso, naqueles idos tempos, se infestaram de piranhas, colocando outros peixes a sua total extinção.
Já nas ruas centrais de Capivari, não se reuniam os caçadores e predadores para a sua jornada ao Mato Grosso, em busca de diversão.
Teve fim a exposição predatória de animais abatidos e tudo isso era motivo de curiosidade, principalmente pelos pequeninos, como eu.
Via, tudo, extasiado e me perguntava a razão disso tudo.
Foi preciso medidas duras, como hoje se observa no Pantanal Mato-Grossense para que o equilíbrio ecológico voltasse a reinar.
A vida entre jacarés e piranhas, no seu espaço de vivência, tem o significado geral para outras espécies e para outros casos, entre água, terra, plantas e animais.