Fast fashion: os impactos da indústria da moda

Conhecido como “Fast fashion”, o novo padrão de produção e consumo do grande mundo da moda, tem faturado bilhões, com produtos têxteis, que são fabricados, consumidos e descartados de forma muito rápida.
Mesmo com o crescimento de um movimento de mercado para compra e venda de roupas usadas e da adesão de grandes marcas como a Gucci e a Buberry, as redes de fast fashion tem crescido e se intensificado ao redor do mundo.
De acordo com a revista “Forbes”, as roupas fast fashion hoje são utilizadas menos de cinco vezes e geram 400% mais emissões de carbono do que roupas de marcas slow fashion (que são usadas ao menos 50 vezes).
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a indústria da moda é responsável por entre 2% e 8% das emissões globais de carbono, com grande impacto sobre o clima.
Dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), mostram que o volume da produção de roupas, que praticamente dobrou nos primeiros 15 anos deste século.
Grande parte disto, vai parar em aterros, como o deserto do Atacama no Chile, que se transformou em um lixão clandestino de roupas que se compram, vestem e se descartam, nos Estados Unidos, Europa e Ásia.
Além disso, a indústria da moda é o segundo setor que mais consome água e produz cerca de 20% das águas residuais, libera 500 mil toneladas de microfibras sintéticas nos oceanos por ano e até 2012, cerca de 20% das águas residuais globais são causadas por processos de tingimento e acabamento na indústria da moda.
São dados preocupantes que mostram a necessidade da priorização do consumo consciente neste setor.
Considerando este cenário, alguns estilistas tem adotado práticas sustentáveis para a reutilização de tecidos que seriam descartados, para a fabricação de roupas novas.
A valorização dos brechós também é uma ação importante para que esta situação seja revertida, implantando na sociedade, uma percepção de que a mudança depende da atitude de cada cidadão.
Portanto, antes de consumir qualquer bem, vale perguntar: “Eu realmente preciso disto?”.
E certamente, a resposta certa virá.