Ecologia e arquitetura sustentável

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Tempos atrás, falar em arquitetura sustentável era algum termo que se direcionava ao modismo das questões ambientais, que tanto preocupam as organizações do nosso planeta. Porém, recentemente deixou de ser uma tendência para virar uma realidade incorporada ao mercado e à sociedade brasileira.
A ONG Green Building Council tem um programa de certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design, no qual o Brasil é o quarto país do mundo com maior número de processos de certificação, o que prova a sua influência e dedicação para construções sustentáveis.
Esta certificação é concedida para as construções que causem o mínimo impacto possível ao local onde serão erguidas e priorizem: a criação de paisagismo com vegetação nativa; o uso de matéria-prima local; a reciclagem de restos de construções; a instalação de fontes de energia renováveis e sistemas hidráulicos voltados à economia de água; instalação de telhados verdes e jardins verticais; reutilização da água da chuva, entre vários outros itens.
Por todas essas exigências, não é à toa que os benefícios ecológicos recebem os holofotes quando a sustentabilidade na arquitetura está em pauta.
Contudo, é curioso notar que, mesmo após tanto tempo, a maioria das pessoas associa a arquitetura verde somente ao cuidado com o meio ambiente, quando na verdade estamos falando de algo muito mais amplo, que envolve bem-estar social, trabalho, saúde e, claro, negócios. Muitos negócios.
Segundo o portal Research & Markets, o mercado global de edifícios verdes não residenciais deve crescer de US$ 69 bilhões em 2020 para US$ 79,47 bilhões em 2021, e a expectativa é que o mercado deverá atingir US$ 110 bilhões em 2025.
Além disso, até 2030, a previsão é que a construção de prédios sustentáveis gere mais de 6,5 milhões de postos de trabalho no mundo, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
As perspectivas apontam que edificações sustentáveis têm maior valor no mercado imobiliário. Muitas pesquisas já mostram que o imóvel que tem um certificado LEED tem valorização instantânea de 10% e é vendido mais rapidamente
Para quem compra ou aluga, além de colaborar com as práticas de ESG (Environmental, Social and Corporate Governance ou Governança Ambiental, Social e Corporativa) a redução de custos operacionais é um grande atrativo. Com fontes de energia limpa e reciclagem de água o custo com energia e água, por exemplo, caem drasticamente.

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