Muito tem sido falado, ao longo da história, sobre os benefícios da natureza para a qualidade de vida das pessoas. Em tempos de pandemia, isso tem sido cada vez mais notável.
Durante o período de isolamento, os moradores dos centros urbanos têm buscado cada vez mais por parques, praias e paisagens naturais, que favorecem melhores condições de vida, trazendo calma e tranquilidade, através de uma boa sensação oferecida por locais onde o verde predomina.
A mais recente evidência sobre o tema, publicada neste mês no The World Journal of Biological Psychiatry, mostrou que ficar mais tempo ao ar livre altera até mesmo a estrutura cerebral, aumentando a massa cinzenta no córtex pré-frontal, região envolvida no planejamento, na regulação das ações e no desempenho cognitivo. É a constatação de que essas funções trabalham de modo mais adequado quando passamos mais tempo em ambientes arejados. O leque de condições para as quais a natureza serve de remédio é enorme. E quem comprova são instituições respeitadas internacionalmente, como a Universidade Harvard, nos Estados Unidos, cujos cientistas verificaram que morar perto de bosques, parques e jardins está associado a maior longevidade. “Estar em contato com a natureza pode realmente melhorar aspectos da nossa saúde, principalmente a mental”, diz a neurocientista Elisa Kozasa, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Diante de tantas evidências, o “estar mais perto da natureza”, tem ganhado espaço nos tratamentos medicinais e está conquistando considerável efeito nas prescrições médicas ao longo do mundo todo.
O valor da natureza e do verde na vida das pessoas está cada vez mais ganhando espaço e reconhecimento pela importância e significativa mudança (positiva) na qualidade de vida das pessoas. Cuidar do meio ambiente tem sido cada vez mais necessário, para que a nossa e as próximas gerações possam alcançar uma vida mais saudável e feliz.
