Para a grande maioria de nós o mês de outubro é lembrado apenas como o mês da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, que celebraremos no próximo dia doze. Mas para a comunidade da Paróquia São João Batista é também o mês em que recordamos uma importante celebração ocorrida no ano de 2016, quando a Igreja Matriz de nossa cidade foi solenemente dedicada.
O rito de dedicação de uma igreja é uma das mais belas celebrações litúrgicas da Igreja, celebrar a dedicação de um templo é consagrar aquele espaço perpetuamente a Deus. Esta celebração possui diversos detalhes que nos ajudam a perceber que uma Igreja é de fato um local sagrado, um espaço que nos ajuda a viver e ate sentir uma prévia do que nos reserva o Reino dos Céus.
Dentre os vários elementos que compõem esta celebração, não são apenas as paredes que são aspergidas com água e perfumadas pelo incenso, os fiéis também. E neste gesto visível recordamos que uma Igreja não é composta apenas de paredes e pedras, mas o que verdadeiramente forma a Igreja de Cristo somos todos nós, pedras vivas desta grande edificação espiritual.
Pela aspersão lembramos o nosso batismo, que nos purificou da mancha do pecado original e nos tornou filhos e filhas de Deus; pela incensação nossas preces sobem a Deus como a fumaça do incenso, com um agradável aroma, pois é assim que Deus acolhe nossos pedidos.
Por fim olhemos para o “nome” daquela celebração, Dedicação de uma Igreja. A palavra dedicação nos remete ao ato de nos dedicarmos a alguma coisa, a alguém. Assim quando recordamos a celebração que aconteceu dentro de nossa Igreja Matriz, também devemos evocar a dedicação que devemos ter no viver plenamente nossa fé. Uma dedicação que passa, sobretudo por aquilo que fazemos aos que estão ao nosso redor, a aqueles que não podem retribuir.
Comemorarmos o aniversário de Dedicação de nossa Igreja Matriz, não é apenas recordar aquele acontecimento de alguns anos atrás, mas é antes perceber que nós compomos esta Igreja, que da mesma maneira como aquele templo foi consagrado a Deus, nós também devemos nos consagrar a Ele. Cada um de nós deve se tornar um templo vivo e morada do Altíssimo.
Que em cada um de nós “os pobres encontrem misericórdia, os oprimidos alcancem a verdadeira liberdade e todos sintam a dignidade de serem filhos e filhas, ate que, exultantes, cheguemos à Jerusalém celestes”.
Pe. Mateus Kerches Nicolucci
Reitor do Seminário Teológico São José
