Chuvas de verão e os riscos para as cidades

Conhecidas como “selvas de pedra”, as grandes áreas urbanizadas, com grande concentração de concreto, asfalto e pavimentações, combinados com a falta de arborização, são grandes responsáveis pelo aquecimento das cidades.
O ar quente tende a subir, fenômeno chamado de térmica ascendente.
Nesta subida, o ar úmido encontra uma barreira formada pelas nuvens, que barram a passagem do ar, aumentando assim a pressão neste ambiente.
Em determinado momento, as térmicas conseguem romper as nuvens.
Nesse ponto de rompimento forma-se uma violenta corrente ascendente (para cima) de um ar quente e úmido.
Por causa da pressão exercida pela térmica, essa corrente consegue atingir altitudes cada vez mais elevadas onde o ar é cada vez mais frio, que congelam a umidade do ar.
Esse gelo formado continua a subir devido à velocidade ascendente das térmicas. Na medida em que sobem, as partículas de gelo vão agregando mais e mais umidade e, com isso, vão aumentando de tamanho.
Chegam a atingir tamanhos gigantescos como o de uma bola de futebol.
Com o aumento do peso, as térmicas ascendentes não conseguem mais continuar a “empurrar” a bola de gelo para cima e, devido ao seu próprio peso, as bolas começam a cair (para baixo).
No caminho de descida, a bola de gelo encontra o ar quente que está subindo a uma grande velocidade. Esse ar quente começa a derreter a bola de gelo. Com isso a bola vai ficando pequena.
Geralmente, no percurso de descida, o ar quente ascendente consegue derreter totalmente a bola de gelo.
Por isso, as Chuvas de Verão dão pingos grossos e muito gelados, pois as gotas são gelo derretido.
Algumas vezes, o gelo não é totalmente derretido e consegue chegar ao chão. Chamamos de granizo.
Essa região em que acontece essa “guerra” entre térmicas que querem subir e gelo que quer descer é bem característica, formando uma espécie de tubo, e acontece em um espaço relativamente pequeno de alguns quilômetros de largura.
Você pode ver esse espetáculo da guerra entre as térmicas ascendentes e as bolas de gelo caindo com o auxílio de um binóculo, focando naquela mancha escura que se forma na tempestade de verão. A mancha escura é o gelo caindo. Como pode ter gelo com o tamanho de uma bola de futebol, os aviões evitam de penetrar nesse tipo de nuvem pois uma colisão pode provocar a queda do avião.
Como efeito secundário dessa “guerra”, o atrito entre o gelo caindo e o ar quente ascendente produz muita eletricidade estática que ao se acumular produzem raios muito fortes (descargas elétricas atmosféricas) que ao se descarregarem produzem ruídos monumentais conhecidos como trovões.
Para minimizar os riscos causados pelas tempestades de verão, evite locais abertos, como praias, estacionamentos e campos de futebol, saia imediatamente de rios, mar ou piscina.
Fique longe de objetos altos e isolados, como postes, escadas, cercas e árvores. Procure abrigo em locais fechados.
Se estiver dentro de carro, feche os vidros e espere a chuva passar. Nunca atravesse ruas alagadas. Não utilize telefone com fio, se precisar, use o celular.
Afaste-se de objetos metálicos e objetos ligados à rede elétrica. Nunca tome banho no momento da tempestade.
Caso não encontre abrigo, adote a posição de emergência: nunca fique em pé, agache-se com os pés juntos e espere a tempestade passar.
Descargas elétricas de tempestades de verão podem matar!
Se atente à essas dicas e repasse.