O Conde de Assumar, governador de São Paulo e Minas, vinha com seu cortejo, em 1717, para uma visita a Vila Rica, Minas Gerais. Na cidade de Guaratinguetá, em São Paulo, os governantes ordenaram aos pescadores que trouxessem o melhor peixe para servir o governador quando passasse por ali.
Domingos, João e Felipe, pescadores, saíram cedo para a missão. Da canoa, lançavam a rede escura da tarrafa. Inutilmente… as horas passavam e nenhum peixe. A tarrafa foi lançada mais uma vez e uma figura feminina, quase negra, de barro, de mãos postas, foi pescada. Faltava a cabeça. Outra tarrafada, trouxe a cabeça que faltava.
Era a imagem de uma santa desconhecida, obra de um santeiro anônimo. Agora, cada tarrafada é uma torrente de peixes. A pequena canoa volta ao vilarejo cheia de peixes.
Os pescadores estão alegres com a pesca miraculosa. Felipe fica com a imagem e a chama de Virgem Aparecida. Com trinta e oito centímetros, pobre e simples, a imagem foi conservada em Santuário rústico na casa de Felipe e depois na casa de seu filho Antanásio.
As suas novenas eram cantadas. A primeira capela foi construída em 1743, a primeira missa em 1745 e a capela foi substituída por um templo. Milagres, romarias, promessas e divulgações levam o nome da Santa e a imagem é coroada, com o templo vira Basílica e a Santa foi declarada Padroeira do Brasil e no altar mor da Basílica na cidade de Aparecida, está a Virgem, recolhida das águas, com manto de estrelas, coroa de ouro e invocada como Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
