Antigamente em Capivari… Seu João, comerciante, sírio, bigodudo, pai de vários filhos com armazém no Largo da Santa Cruz, queixava-se da esposa a um freguês, por ela permanecer atrás do balcão, carrancuda com cara de poucos amigos:
- “Eu falô bra ela, precisa agradar freguês, faz fucinio alegre bra eles, faz cara bunita…”
- “Coisa difícil, pensava o freguês.” Naquele tempo não havia o milagre das cirurgias plásticas.
Naquela tarde, Seu João, em pé na porta do armazém, avista ao longe a procissão de Nossa Senhora de Monte Serrat. A sagrada imagem saia as ruas, após uma novena, quando se pedia a Santa, chuvas para acabar com a estiagem.
Respeitosamente, Seu João chama um dos seus filhos: - “Michel, pega minia chapéu, traz debressa.”
- “Papai, o senhor vai sair?”
- “Não, vai passa um brocissão. Brecisa tira o chapéu.”
Mas isso aconteceu… quando se amarrava cachorro com linguiça.