Madrugada, o telefone toca:
_” Alô, Sô Carlos, aqui é o Juca, caseiro do seu sítio…”
- “Pois não, Juca, que posso fazer pelo senhor. Houve algum problema?”
- “Ah, eu só tô ligando prá avisa que seu papagaio morreu.”
- “Meu papagaio morreu…? aquele que ganhou o concurso?”
- “Ele mesmo.”
- “Puxa… que desgraça. Gastei uma pequena fortuna com ele… Ele morreu como?”
- “Di cumê carne estragada dum dos cavalo morto.”
- “Cavalo morto… que cavalo morto?”
- “Os puro-sangue que o sinhô tinha. Eles morreram de tanto puxa carroça d’água.”
- “Tá louco? Prá que tanta água?”
- “Prá apaga o fogo na sua casa… uma vela caiu e pegou fogo na curtina.”
-” Caramba! aí tem luz elétrica, prá que vela…?” - “Prô velório.”
- “De quemmmmm?”
- “Da sua mãe. Ela apareceu aqui sem avisá e eu dei um tiro nela pensando que fosse ladrão.”