Ser Lobisomem não é uma escolha, é uma sina. Um destino muito ruim, um fardo.
Tem que ser o oitavo filho de uma família que já tenha sete meninas.
Quando esse menino completa treze anos, ele sai numa sexta-feira à noite, em busca de um lugar onde um jumento tenha se lambuzado, se sujado. Então, tira a sua roupa, faz sete nós em toda ela e se esfrega naquela sujeira. Assim, torna-se Lobisomem.
E ai sua má sina começa: as orelhas crescem e ficam pontudas, o rosto ganha feições de lobo e há quem diga que ele se transforma em metade homem, metade cachorro, ou ainda em um cachorro do tamanho de um bezerro. E tem quem garanta que sua cara é peluda e seu rabo enrolado.
Na verdade, ele é uma assombração do folclore brasileiro.
