Causos – Na dúvida… melhor perguntar

Batida na porta, abri e lá estava o amigo de tantos anos. Achei esquisito que o amigo estivesse acompanhado de um cachorro. Cachorro de porte médio, vira-lata, forte e saltitante.
Cumprimentei o amigo e o cachorro aproveitou para ir casa adentro e logo um barulho na cozinha demonstrava que alguma coisa havia se quebrado. Pensei: “Para que trazer cachorro numa visita.” O amigo fazia de conta que a coisa não era com ele. O cachorro passou pela sala e foi direto ao quarto…e novo barulho de coisa quebrada.
Tinha eu no rosto um sorriso amarelo e minha visita, um ar indiferente.
E lá vem o cachorro na sala, saltou, derrubou o abajur e com as suas quatro patas sujas, se acomodou no sofá.
Tensos, preferimos não tomar conhecimento do dogue que descansava sossegado. E a conversa, recordações, novidades encompridou o tempo, até que meu amigo resolveu se despedir e aí, quando ele tinha caminhado um pouco, perguntei: “Não vai levar seu cachorro
– “Não é meu, não. Quando cheguei ele estava na sua porta e entrou comigo e eu pensei que fosse seu.”