Como não podia deixar de ser e o que todos já sabem é: “OS PRIMEIROS CATEQUISTAS
DE UMA CRIANÇA (ou deveria) SÃO OS PAIS”
Em um belo dia um padre em sua palestra disse “Prestemos atenção no fato de que no decorrer de sua vida, tudo o que você aprendeu sobre religião, sobre os ensinamentos de Jesus, de Deus Pai, em sua maioria foi um leigo quem lhe transmitiu, seus pais, um parente, um amigo ou mais provavelmente um catequista que também é leigo, pois dificilmente foi um padre ou um religioso(a), presente constante ou integralmente em sua vida”. Sim é isso mesmo, neste contesto podemos ver claramente a igreja viva de Jesus Cristo viva e atuante, pela ação do Espírito Santo na distribuição de diferentes dons as pessoas que levam dentro de si e inexplicavelmente sentem a missão de evangelizar.
Sim Igreja existe para evangelizar: esta é a graça e a vocação própria. Mas a Vocação e Missão do catequista, assim como todo ministério, nasce de uma necessidade da comunidade eclesial, de favorecer a maturidade da fé e o crescimento da Igreja, para que ela possa desempenhar sua missão na Iniciação a Vida Cristã, da criança, adolescente, jovem ou adulto ou seja, fazer discípulos. “Ide, pois, e ensinai a todas as nações” (Mt 28,19). Como a evangelização, também a catequese se insere dentro do ministério da Palavra que constitui a base de toda ação pastoral.
Para o Apóstolo Paulo, nos ministérios há uma hierarquia, e esta é estabelecida pela relação que ele mantém com a Palavra: “Assim, na Igreja, Deus estabeleceu, primeiro, os Apóstolos; segundo, os profetas; terceiro, os que ensinam”, os encarregados, em cada comunidade, do ensinamento regular e ordinário: os Catequistas
Estes ministérios são dados para aperfeiçoar os membros da comunidade, para que alcancem a perfeição de Cristo: a santidade (cf Ef 4,11).
Para o cumprimento desta tarefa fundamental à identidade da Igreja, o Espírito Santo faz surgir a vocação do educador, pedagogo da fé. Nesse sentido, o Catequista é um chamado, esta vocação possuí um duplo sentido: É Chamado por Deus, constituído ministro da Palavra pelo poder do Espírito Santo; que o Catequista fala e age.
A Igreja delega alguns da comunidade – os Catequistas – para desempenharem a tarefa da educação da fé de seus membros. Sendo assim, o Catequista tem “uma vocação, uma missão característica dentro da Igreja”, como realização da vocação batismal; vocação que recebe pelo sacramento da Confirmação/Crisma como um verdadeiro serviço catequético pelo qual sabe que é Igreja e atua em nome da Igreja.
O Catequista é alguém que atende ao chamado da comunidade para ser instrumento de instrução, formação e transformação, “Mediador de Jesus na Igreja” (CR).
“A Igreja precisa de vocês”, dizia o Papa João Paulo II aos Catequistas. “Ela continua precisando de vocês. Mesmo que os sacerdotes sejam numerosos e os religiosos se coloquem à disposição da Igreja, vocês são insubstituíveis.” (Discurso aos catequistas do Papa João Paulo II em 1982).
A urgente necessidade de evangelização é apresentada pelo apóstolo Paulo: “Todo aquele que invoca o nome do Senhor será salvo. Ora, como poderão invocar aquele no qual não acreditam? Como poderão acreditar, se não ouviram falar Dele? E como poderão ouvir, se não houver quem o anuncie? Como poderão anunciar, se ninguém for enviado?” (Rm10,11-13).
Eis aqui origem da vocação da Missão do Catequista, que o Espírito Santo suscita na Igreja para que ela cumpra a Missão de Jesus, o primeiro Catequista. “A fé é a adesão pessoal, do Ser humano, a Deus que se revela. Compreende adesão da inteligência e da vontade e palavras”; o Catequista, com o seu ensino e testemunho de vida, oferece as condições para que o Catequizando responda a este convite de Deus da melhor forma e com sempre renovada generosidade.
A finalidade definitiva da catequese é levar à comunhão com Jesus Cristo: só Ele pode conduzir ao amor do Pai no Espírito e fazer-nos participar da vida da Santíssima Trindade.
Todo catequista deve a si mesmo a misteriosa palavra de Jesus: ‘Minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou’ (Jo 7,16)” (CIC, 426-427). A missão do catequista mais do que passar as regras, a doutrina, é promover entre a Pessoa de Jesus e o catequizando um encontro pessoal. A verdadeira catequese promove um encontro com Jesus.
Catequista faça sua Missão com Alegria. “Vinde e Vede” (Jo 1,39); “Se alguém tem sede, venha até a mim, e aquele que acredita em mim beba.” (Jo 7, 37-38)
Como afirma o Papa Francisco: “Ser catequista não é uma profissão, mas uma vocação”.
Ajudai Senhor, a todos assumir o compromisso da Missão de catequista e fazei que nos torne capaz de orientar muitos outros no caminho da verdadeira felicidade.
