O papa Francisco afirmou, em 27 de outubro de 2014, durante discurso na Pontifícia Academia de Ciências, que a Teoria da Evolução e o Big Bang são reais, e criticou a interpretação das pessoas que leem o Gênesis, primeiro livro da Bíblia, achando que Deus “tenha agido como um mago, com uma varinha mágica capaz de criar todas as coisas”.
Segundo ele, a criação do mundo “não é obra do caos, mas deriva de um princípio supremo que cria por amor. O Big Bang não contradiz a intervenção criadora, mas a exige”, disse o pontífice.
O Big Bang, teoria aceita pela maior parte da comunidade científica, seria uma explosão ocorrida há cerca de 13,8 bilhões de anos, que teria dado origem à expansão do Universo. Já a Teoria da Evolução, iniciada pelo britânico Charles Darwin (1809-1882), prega que os seres vivos não são imutáveis, mas se transformam de acordo com sua melhor adaptação ao meio ambiente, pela seleção natural.
O papa acrescentou dizendo que a “evolução da natureza não é incompatível com a noção de criação, pois exige a criação de seres que evoluem”.
Como estamos de viagem pela Terra, para nosso aperfeiçoamento, essas manifestações de um papa são um grande avanço para os que são cristãos católicos. Até que enfim as mentes estão se abrindo para a Nova Era; para aqueles que queiram acordar, boa viagem.
Em 24 de novembro de 1859, foi lançada em Londres “A Origem das Espécies”. Estabeleceu-se, com a teoria darwinista, a ideia fundamental da evolução biológica, que expandia os sete dias bíblicos da Criação para bilhões de anos. O curioso é que, no início, Darwin não incluiu o ser humano nessa escala progressiva. Somente mais tarde o fez, com a publicação do livro “A Descendência do Homem”.
Na 2ª edição de “O Livro dos Espíritos”, em março de 1860, portanto, três meses depois do lançamento de “A Origem das Espécies”, os espíritos instrutores desvendaram o mistério da verdadeira linha evolucionária humana. E Allan Kardec selecionou, para publicação, expressas referências à evolução, abrangendo todos os reinos − do mineral aos espíritos puros –, demarcando assim não somente a evolução biológica, mas também a espiritual dos seres, todos eles emergentes do mundo atômico.
Outro filósofo francês, Léon Denis, afirmou: “No mineral, a alma dorme; no vegetal, sonha; no animal, agita-se; e no homem, desperta”.
E o ex-padre católico Manoel da Nóbrega, agora domiciliado no mundo espiritual, assinando com o pseudônimo de Emmanuel, assim se expressou: “A escala do progresso é sublime e infinita. No quadro exíguo dos vossos conhecimentos, busquemos uma figura que nos convoque ao sentimento de solidariedade e de amor que deve imperar em todos os departamentos da natureza visível e invisível. O mineral é atração. O vegetal é sensação. O animal é instinto. O homem é razão. O anjo é divindade”.
Textos citados: “O Consolador”, Emmanuel (Chico Xavier), questão 79; http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/10/papa-diz-que-big-bang-e-teoria-da-evolucao-nao-contradizem-lei-crista.html