Amazônia: maior emissão que consumo de carbono

Já é sabido, que a maior parte do oxigênio produzido no planeta vem dos oceanos, através dos plânctons marinhos e não da Amazônia, como se pensava anteriormente. Contudo, a importância da floresta se destacava pela capacidade de absorção de carbono, ajudando a regular a temperatura da Terra.
A má notícia é que recentemente, a Amazônia – principalmente na borda sudeste da floresta – já emite mais CO2 do que absorve. Um estudo realizado pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) comprovou que a floresta já assumiu a posição de emissora de carbono.
Para entender, a Amazônia inteira tem cerca de 123 bilhões de toneladas de carbono fixado em biomassa no solo e subsolo. Com as queimas frequentes, essa biomassa é devolvida à atmosfera. O desmatamento acentuado – e cada vez mais frequente – geralmente realizado para o preparo do solo para pasto e agricultura, envolve a queima da área, o que explica a perda da biomassa e aumento das emissões.
O estudo realizado envolveu dados copilados entre 2010 e 2018, sendo que as queimadas e desmatamento recentes (2019 e 2020) nem entraram nessa estatística, alertando sobre um cenário muito pior do que o divulgado.
Dessa forma, acredita-se (e comprova-se) que o bioma de maior biodiversidade do país e peça essencial para o controle do clima global, deve receber ações imediatas para cessar o desmatamento e a destruição dessa importante floresta. Dizer que ela pode ter alcançado um “ponto de não retorno” é totalmente relevante para o cenário atual. Medidas urgentes são necessárias para que a savanização da Amazônia não acabe com o planeta.