A CADA UM SEGUNDO SUAS OBRAS

O homem jamais vai conseguir ludibriar a justiça divina; pode corromper o mundo e as pessoas, mas não sua própria consciência e as leis divinas que nos governam.
Daqui somente levaremos a inteligência, o conhecimento adquirido (na profissão, na família, na sociedade, nas artes, etc.) e nossas ações (boas ou más), e são elas que vão falar de nós para a Vida e para o Criador.
Então Jesus disse-lhe: Embainha a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão (Mateus 26:52). O que quer dizer: aquilo que você fizer, isso mesmo irá receber – não tem como fugir da Lei.
O homem rico da parábola desfrutou de uma vida farta, bajulações, facilidades, própria da condição de riqueza que gozava; não demonstrava ter fé e não praticava a caridade, não estava nem aí com os desgraçados (como era o caso do mendigo em sua porta). Boa saúde, boa casa, boa esposa, boa comida, boa vida. Nunca pensava na vida transcendente (na vida depois da morte).
Para o rico só existia a vida que ele vivia. Não acreditava em vida além da vida; por certo se acreditasse viveria mais fraternalmente com todos. E só foi descobrir isto depois da morte do corpo físico; não conhecia o que pregava Jesus: Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou, que daria o homem pelo resgate da sua alma? (Marcos 8:36-37).
Como se sabe, aqui se faz aqui se repara, de acordo com a lei universal de ação e reação, ou segundo Jesus: A cada um será dado segundo suas obras. Estando em viagem de divulgação da boa-nova, Jesus, em Cesareia de Filipe, após interrogar seus discípulos acerca do que diziam os homens a seu respeito, declara: “Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e, então, dará a cada um segundo as suas obras” (Mateus 16:27).
O mendigo, depois de sua passagem para a vida espiritual, estava em um bom lugar, pois suportou todas as dificuldades da Terra com paciência, resignação e grande fé no futuro. Sua posição de bem-aventurança não ocorreu porque ele foi pobre, mas porque foi humilde, sereno e resignado diante da provação que atravessou: um pária da sociedade, marginalizado pela pobreza e pela doença, sem apoio. Para sobreviver, mendigava o pão de cada dia. Fome, desprezo, humilhação, fraqueza, doença, tudo isso fez Lázaro acreditar muito numa vida melhor. Tinha fé e esperança, não blasfemando contra Deus. Era justo que Lázaro desfrutasse de uma vida melhor depois da morte do corpo físico.
A situação dos dois homens da parábola de Jesus foi decidida pela escolha de cada um. O plantio das ações é livre, mas a colheita é obrigatória; somos escravos das consequências. Deus não tomou parte na situação dos dois personagens, foi a administração da vida deles, feita livremente por cada um, que resultou em estar um amparado e outro em sofrimento.
Dessa maneira, se você deseja um futuro mais feliz, busque ajustar seus atos à sua consciência, que é um guia infalível onde estão escritas as leis de Deus. E se por acaso surgir a dúvida de como agir corretamente, faça aos outros o que gostaria que os outros lhe fizessem, e não haverá equívoco.