Refletindo com a Parábola dos Talentos, Mateus 25,14-30

O que temos feito com os dons que recebemos?
Ao se aproximar o final do Ano Litúrgico a Igreja nos convida a refletir sobre o nosso destino em Deus: a VIDA ETERNA. Vivemos todo tempo tão entretidos em nossas atividades diárias, com nossa “correria do dia-a-dia”, preocupados com tantas coisas, que acabamos nos esquecendo de que nossa meta é o céu! A sua conquista se dá na vida terrena, cada um de nossos atos se projeta na eternidade. O bem e o mal que fizermos definirá nossa vida eterna.
Neste domingo a Liturgia nos traz uma reflexão belíssima, sobretudo, por meio da parábola dos talentos. Nesta parábola, Jesus mostra a importância de usarmos bem e desenvolver os talentos que Deus nos deu. A cada um Ele os deu “conforme a sua capacidade”, para que esses dons pudessem ser bem desenvolvidos e usados para fazer o bem a si mesmo, aos outros e ao Reino de Deus.
É interessante lembrar que cada talento equivalia a 35 quilos de ouro, portanto, uma grande quantia; em Reais seria algo hoje em torno de 3,5 milhões. Logo, mesmo aquele que recebeu só um talento, recebeu bastante.
O patrão ficou feliz com os administradores fiéis, trabalhadores, que multiplicaram os talentos. Mas, ficou ofendido com aquele que por medo e preguiça, enterrou o talento. Isso mostra que não podemos permitir que o medo, que vem da falta de fé, ou a preguiça nos leve a enterrar nossos dons e deixá-los infrutíferos. Diante dos ricos ensinamentos desta parábola, devemos nos perguntar: Será que temos trabalhado para o Reino de Deus, para a evangelização daqueles que podemos levar para Deus; ou por medo ou preguiça ficamos omissos?
Quantos que poderiam estar evangelizando, mas deixam de fazê-lo por preguiça ou medo!
Quando Deus nos chama temos de dizer:
“Eis me aqui Senhor, com os talentos que o Senhor me deu, para que eu os multiplique e use para a Tua glória, edificação da Igreja e salvação das almas”.
Em Hb 9,27, a Palavra nos diz: “Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo”.Não sabemos quando Jesus vai voltar, nem os anjos sabem, e não devemos especular sobre isso, mas é certo que imediatamente após a morte vamos estar diante Dele para prestar contas do que fizemos com a riqueza da vida que recebemos, criados à sua “imagem e semelhança”.
O que fizemos com nossa inteligência, memória, liberdade, vontade, sensibilidade, capacidade de amar, cantar?…
O que dá sabor e sentido a vida e nos faz de fato felizes é exatamente servir a Deus com alegria, multiplicando e empregando os talentos que Ele nos deu.
O que temos feito com os dons que recebemos? É uma pergunta que certamente o Senhor irá nos fazer. Pensemos nisto!


Coordenação da pastoral da Catequese da Primeira Eucaristia.
Paróquia São João Batista