4° Domingo da Páscoa

Neste final de semana, a liturgia nos convida a olhar para Jesus como o Bom Pastor, aquele que cuida e dá a vida por suas ovelhas. Na Primeira Leitura, olhamos a interrogação que os chefes dos povos e os anciãos faziam a Pedro sobre a cura de um enfermo. Pedro cheio do Espírito Santo os exorta dizendo que toda a cura é realizada pelo nome de Jesus Cristo e acrescenta que “Jesus é a pedra, que vós, os construtores, desprezastes, e que se tornou a pedra angular” (At 4,11). A pedra angular era utilizada nas antigas construções, a partir dela era definida as colocações das outras paredes e alinhando toda a construção. Desta mesma forma, Jesus é a pedra angular que alinha toda a nossa vida e quando não estamos alicerçados nele, nossas vidas perdem o sentido e desmorona. Na segunda leitura, relata pelo amor do Pai, a alegria de sermos chamados filhos de Deus e entender que seremos semelhantes a Jesus quando ele se manifestar.
No Evangelho, Jesus assume a figura do Bom Pastor, aquele que dá a vida por suas ovelhas, e faz uma associação dizendo que o mercenário não é pastor, pois, ao ver o lobo chegar deixa as ovelhas e foge, permitindo assim que os lobos ataquem as ovelhas e as dispersem. Jesus afirma que conhece a cada ovelha e que elas os reconhecem, e afirma que ele possui outras ovelhas em outros redis, mas que Ele também deve conduzir formando um único pastoreio.
Qual é o pastoreio que estamos frequentando? Conhecemos realmente a voz do nosso pastor? Quais sãos as vozes que estamos ouvindo? Qual é a posição de Jesus em minha? Ele guia os meus passos, ou quero viver por mim só? Quando não deixamos Jesus guiar as nossas vidas e nos mostrar o verdadeiro caminho que devemos seguir, vivemos decepcionados, tristes, estressados, porque estamos escravos do mundo e dos afazeres cotidianos, porém, quando Jesus guia os nossos passos, recebemos a força do Espírito Santo para superar as dificuldades e os obstáculos cotidianos, somos corajosos para continuar seguindo em frente. Precisamos assumir Jesus como o único pastor de nossas vidas, deixando de lado as nossas preocupações e confiando que ele nos ajudará a superar cada uma delas.
Nesse final de semana, rezamos e celebramos as vocações sacerdotais e religiosas, pessoas que buscam mesmo na sua fragilidade assumir a vida do bom pastor, que não desistem de levar à boa nova para todos os cantos, que buscam reconhecer no outro a face de Cristo.
Que o Espírito Santo nos conduza a assumirmos Jesus como o verdadeiro e único pastor de nossas vidas e que dê perseverança aos nossos padres e religiosos na missão de conduzir o rebanho que lhes foram confiados.


Diego Fernando Giovanetti Kobal, 26 anos, Seminarista 3° ano de Filosofia, Diocese de Piracicaba.