As leituras deste domingo ajudam-nos na preparação para a Semana Santa e nos apresentam o Cristo, como centro da busca de todos os povos, representados neste Evangelho “ gregos que querem ver Jesus “(Jo 12,21).
O texto nos permite ver os sentimentos que Jesus passou intimamente, ao aproximar a sua hora.
João nos propõe neste texto a fazermos uma meditação sobre a morte e glorificação do Cristo; é uma prefiguração Pascal, visto por algo de ser cumprido pela salvação do pecador, os libertar da garras da morte eterna.
Na primeira leitura deste 5º Domingo da Quaresma, o profeta Jeremias chora, concorda com almejo, o advento da vinda daquele que virá trazer a nova e eterna aliança aos homens de boa vontade. “Dias virão, diz o Senhor, em que concluirei com a casa de Israel e Judá uma nova aliança” (Jr 31,31).
Assim como Deus conduziu Moisés com o povo atravessando o mar vermelho, Cristo atravessou o mar da morte para ressuscitar no terceiro dia, glorificado pelo Pai, para a Nova Aliança da vida eterna.
A Nova Aliança afunda suas raízes na própria criação: Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, onde está expresso o projeto de Deus de fazer o Homem criatura inteligente e livre.
Mas essa liberdade do homem criado sua imagem e semelhança, infelizmente se expressou em um não a Deus; foi quando o homem perdeu a amizade com Deus.
O primeiro Homem é terreno e disse não ao Criador, o segundo é celeste e disse Sim.
Por meio do Cristo, foi realizado a Páscoa definitiva e eterna, e que a Nova Aliança está inscrita nos corações de todos aqueles que abrem seus corações ao Espírito Santo de Deus.
No salmo responsorial cantamos a Deus: “Criai em mim um coração que seja puro!”.
A liturgia de hoje o Senhor nos apresenta a lógica do “Grão de trigo”. Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele contínua só grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto ( Jo, 12,24).
No período Pascal esse texto é meditado com muito esmero, e devemos nos perguntar a respeito do nosso seguimento a Jesus, da qualidade do nosso seguimento, das opções que fazemos e do nosso jeito de pensar e agir: Será que estamos vivenciando, testemunhando e seguindo Jesus?
Como podemos ver Jesus? Nós não podemos vê-lo com os nossos olhos, mas podemos vê-lo com os olhos espirituais da fé, e aguardarmos com esperanças vê-lo um dia na visão da glória.
Celebremos então com a confiança, daquele que na fidelidade da Nova Aliança, nos conquistou vida nova de ressuscitados.
Pelo nosso batismo, morremos com Ele, para ressuscitar para a vida eterna (Rm 6,24).
Mariângela da Graça Nascimento Capóssoli Stênico