Instrumento de Paz

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Ele lhe explicou: Voltou teu irmão. E teu pai mandou matar um novilho gordo, porque o reencontrou são e salvo. (São Lucas, Cap. 15, 27 – Bíblia Ave Maria). Este versículo trata-se da Parábola do Filho Pródigo, a qual se refere o momento em que o servo conta ao filho mais velho o motivo dele estar ouvindo música e dança.
Agora inicio a reflexão de como recebemos as notícias na vida e como nos chegam as notícias, estamos sendo portadores de boas novas ou de discórdias?
O porquê dessa reflexão, é notório hoje em dia ver que muito se valoriza as tragédias, desavenças, polêmicas, falando em referência as redes sociais, quando se postam temas trágicos o número de “likes” e interesse dos usuários é algo absurdo, mas quando se postam mensagens positivas o número de interesse não se compara, é bem inferior, o por que disso? A dor é mais saborosa que as alegrias?.
Voltando a passagem bíblica, de que maneira esse servo trouxe essa notícia? Qual a entonação na voz? Trouxe como motivo de alegria ou gerando divisão? Se referenciou como algo bom o que o pai estava fazendo ou jogando o filho mais velho contra tal atitude? É nisso que devemos começar observar nossas atitudes, se fosse você no lugar do servo, mediante a todo conteúdo que essa leitura nos traz, de que maneira contaria ao filho mais velho? Vamos trazer pra atualidade, quando chegamos a Igreja e nos deparamos com alguém que ficou muito tempo distante, que por vezes escolheu uma vida desregrada, de que maneira reagimos? É uma alegria ver um filho de Deus retornando ou o sentimento de julgamento é o que predomina? Quando descobrimos que alguém perdoou seu semelhante, às vezes uma mágoa antiga, isso nos alegra ou nos causa espanto?
O ser humano parece estar mais triste, podemos culpar o fato de enfrentarmos um momento de pandemia, de recentes perdas, de angústia e sofrimento, mas, não podemos nos esquecer tudo que Jesus sofreu por nós, não podemos esquecer tantos exemplos de Santos que aguentaram a dor e a tortura e jamais perderam a fé, não podemos nos abastecer de tristeza, a nossa fonte que é Jesus, nos remete a esperança, alívio e paz, sendo assim nosso coração deverá transbordar de tudo que bebemos.
Todos esses questionamentos, é porque caminhamos para reta final de mais um ano, então nos é proposto o famoso exame de consciência, para que possamos começar realmente um novo ano, mas sem as velhas práticas, com novas atitudes, com um olhar mais humano, mais cristão, enxergando em nossos semelhantes a Imagem de Jesus, encarando a vida com mais respeito e valor, e enaltecendo mais o lado bom da vida.
Vamos crer que 2022 realmente será um novo ano, sem divisões, sem disputas humanas e de poderes, que será um ano do Senhor, com mais amor entre as famílias, com mais ternura entre os semelhantes, com mais respeito e igualdade, com mais saúde e o mais importante, com a fé, para que nunca comecemos um dia pensando é apenas mais um, mas sim uma nova chance recomeçar e viver melhor.

Guilherme Rego

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