Com o início do verão e o aumento das chuvas, torna-se comum o aumento da ocorrência de aparecimento de animais silvestres em áreas urbanas. Geralmente, neste tipo de situação, os animais estão em busca de espaço, abrigo e alimento. A oferta desses fatores nas cidades é maior, principalmente na primavera e no verão – também época de reprodução.
Outro fator que também leva à figa dos animais para os centros urbanos é a diminuição das florestas naturais. Em busca de alimentos, muitos acabam indo para além de seu habitat natural, chegam às áreas urbanas e acabam se perdendo, sem conseguir voltar.
As queimadas também são determinantes, pois acabam afugentando muitos bichos das matas. Por instinto de sobrevivência, fogem para onde podem.
Além de tudo isso, existe ainda a questão da captura ilegal de animais silvestres para diversos fins: muitos bichos são tirados do seu habitat natural de maneira totalmente irresponsável. Seja para criação doméstica ou até mesmo para fins comerciais. No entanto, dependendo da espécie, não é raro perder seu controle de reprodução e, consequentemente, de ocupação. Depois de um tempo, muitos acabam sendo despejados em lugares completamente inadequados para sua segurança e sobrevivência.
Na maioria das vezes, a presença desses animais em meios urbanos gera curiosidade e até medo na população . Porém, vale ressaltar que via de regra, o animal somente ataca o homem quando se sente ameaçado. Por isso, o indicado é evitar o contato. A primeira indicação, é acionar o corpo de bombeiros para o resgate dos animais.
Outra situação bastante comentada é a questão de transmissão de doenças. Na grande maioria dos casos, o animal é apenas o hospedeiro dos parasitas que podem transmitir algum tipo de doença e raramente é o transmissor.
Em São Paulo, a Secretaria Municipal do Verde e de Meio Ambiente tem uma divisão para atender exclusivamente às diversas espécies de animais silvestres que vivem na cidade. Muitos dos animais encaminhados a essa divisão precisam de atendimento veterinário por terem sido vítimas de acidentes como atropelamento, choques elétricos, corte por linha de pipa, entre outros. Macacos, gambás, garças, corujas, lagartos e serpentes estão entre as espécies mais comuns.
Em Capivari, os animais encontrados, se saudáveis, são resgatados e soltos em seus habitats comuns, a fim de garantir a segurança e integridade desses animais. Em casos de animais feridos, recomenda-se o contato com a Polícia Ambiental para maiores informações e orientações.
Vale lembrar que o Art. 29 da Lei de Crimes Ambientais (Lei 9605/1998) prevê que matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória (para quaisquer fins) é crime ambiental, ficando o infrator sujeito à multa e detenção de seis meses a um ano.
